Geração 97: Gabriel Jesus e Malcom fazem "duelo da maioridade" no Dérbi

Parceiros de seleção brasileira no Mundial sub-20 deste ano, atacantes de Palmeiras e Corinthians medem forças em clássico deste domingo, na arena do Verdão

Gabriel Jesus e Malcom duelam neste domingo, no Dérbi



O clássico entre Palmeiras e Corinthians, neste domingo, às 16h (horário de Brasília), na casa do Verdão, terá representantes das categorias de base de ambos os clubes como titulares. Do lado alviverde, Gabriel Jesus chega como principal destaque da equipe comandada por Marcelo Oliveira e vive uma lua de mel com a torcida. Pelo time alvinegro, Malcom segue como aposta na formação principal, em um elenco com poucas opções ofensivas para Tite.



Os jovens atacantes, nascidos em 1997, foram companheiros na seleção brasileira sub-20, que ficou com o vice no Mundial da categoria neste ano, disputado na Nova Zelândia. Gabriel Jesus atuou como titular em seis das sete partidas disputadas pelo Brasil, marcou dois gols e fechou o torneio como destaque. Malcom teve apenas uma chance começando a partida, mas entrou em outros quatro jogos.



Um mês e oito dias mais velho que Gabriel Jesus, Malcom foi promovido ao time profissional do Corinthians em fevereiro do ano passado, após se destacar na Copa São Paulo de Juniores – o Timão foi vice-campeão naquela edição, perdendo o título para o Santos. À época, tinha apenas 16 anos, e seu principal mérito era justamente atuar com uma idade considerada baixa em torneios com garotos próximos aos 20.



Malcom acumula 55 jogos disputados pelo Corinthians, 30 deles neste ano, e seis gols marcados. Ainda não balançou a rede contra nenhum rival, embora já tenha jogado contra Palmeiras, São Paulo e Santos.



– É complicado jogar um clássico tão novo assim porque tem uma certa ansiedade. Acho que o Malcom está um pouco mais preparado do que o Gabriel porque já tem mais de um ano como profissional. Para o Gabriel vai ser uma coisa mais nova, a pressão vai ser grande, mas ele vai jogar em casa e isso pode ajudar. Mas acho que o Malcom pode fazer mais a diferença do que o Gabriel Jesus – avaliou Vagner Love.





A história de Gabriel Jesus no time profissional do Palmeiras começou no dia 7 de março deste ano, na vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino. Ele entrou no lugar de Leandro Pereira, aos 27 minutos do segundo tempo, para o delírio da torcida alviverde. A ascensão foi meteórica, e o primeiro gol no time principal foi decisivo: eliminou o ASA e classificou o Verdão para as oitavas de final da Copa do Brasil.



A diretoria palmeirense faz o possível para blindar o garoto, mas a empolgação da torcida é inevitável. No último domingo, quando Gabriel Jesus marcou o quarto gol em dois jogos, na vitória por 3 a 2 sobre o Joinville, os alviverdes passaram a cantar uma música especial para o atacante:



– Glória, glória, aleluia! Glória, glória, aleluia! É Gabriel Jesus!



Autor de 37 gols em 22 jogos no Campeonato Paulista sub-17 do ano passado, quando o Palmeiras foi vice-campeão, Gabriel Jesus se notabilizou ao fazer sucesso com os torcedores mesmo quando ainda atuava pela base. Os jogos do Verdão no torneio passaram a atrair grande público pelas atuações impressionantes do garoto.



Pelo profissional, o atacante não jogou nenhum clássico como titular. O máximo que permaneceu em campo foi 33 minutos, na vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo, pela primeira fase do Paulistão. Na base, era o terror dos rivais: em seis duelos com os grandes paulistas, acumulou quatro vitórias, um empate e uma derrota. Marcou seis gols - um deles diante do Corinthians, nas quartas de final do Paulistão sub-17. Na oportunidade, o Verdão eliminou o Timão e o São Paulo, mas caiu diante do Santos na decisão.



Nem Malcom, nem Gabriel Jesus estiveram em campo no Dérbi do primeiro turno, vencido pelo Palmeiras em Itaquera. Neste domingo, ambos têm chance de provar que a solução para os elencos dos grandes clubes também pode estar nas categorias de base.

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