Marcão segura réplica de troféu da Libertadores em tour pelo Allianz Parque
A rusga entre a atual diretoria do Palmeiras e a WTorre continua.
Além das brigas por conta da administração do estádio e da comercialização das cadeiras, agora o clube alviverde achou um novo motivo para implicar com a construtora: as réplicas de troféus apresentadas no tour pelo estádio.
Conforme apuração do ESPN.com.br, o tema foi discutido na última reunião do Conselho de Orientação Fiscal, realizada na segunda-feira.
Os palmeirenses consideraram um "ultraje" por parte da construtora a apresentação de troféus no tour como se fossem verdadeiros, quando na verdade não passam de réplicas. Os canecos em exibição são da Libertadores de 1999 e do Brasileirão - o último vencido pelo clube foi em 1994.
No encontro entre membros do COF, a direção alviverde comentou o assunto e ficou na bronca pelo fato de que a WTorre não pediu a cessão dos troféus por parte do Palmeiras e não avisa aos visitantes que as taças apresentadas não são as originais.
A construtora, procurada pela reportagem, não quis comentar o assunto.
A verdade é que a briga entre a atual diretoria do Palmeiras e a empresa de Walter Torre Júnior já é antiga, e começou por conta da escritura assinada na gestão do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo.
O desentendimento começou por conta do número da divisão das cadeiras no Allianz Parque estipulada em contrato. O clube entende que a construtora tem direito a vender 10 mil cativas, enquanto ela defende que o número era maior, de pelo menos 22 mil lugares, podendo chegar a todos os assentos. O assunto está na arbitragem.
Em seguida, o Palmeiras se irritou com o repasse de apenas R$ 59 mil pelos shows de Paul McCartney no estádio. O clube também ficou insatisfeito, internamente, com os constantes aluguéis da arena em dias que antecedem jogos do time alviverde, apesar de, por contrato, a WTorre ser praticamente a dona do local em dias que não sejam de partidas oficiais da equipe.
Mais recentemente, a construtora ingressou com outra arbitragem, essa por conta da comercialização de ingressos por meio do programa de sócios-torcedores Avanti, conforme adiantou o ESPN.com.br.
Enquanto a WTorre pensa que o Palmeiras, com o Avanti, atrapalha a venda das cadeiras cativas gerando um conflito de preços e tipos de oferta, desvalorizando o segundo em detrimento do primeiro, o clube acredita que a empresa quer acabar com o programa que considera ser um sucesso.
Para completar, a WTorre deseja assumir o controle das operações do estádio também em dias de jogos do Palmeiras, o que tem irritado a direção alviverde. Por contrato, o clube só possui a administração da Arena em dias de jogos oficiais por conta de comodato cedido pela construtora.
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