Um jogo cheio de alternativas, jogadas de efeito, lances ríspidos e gols. Seis no total. O clássico entre Palmeiras e Corinthians, no último domingo, na arena alviverde, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi um dos melhores jogos deste Brasileirão.
Disputado em alto nível técnico e com muita vontade, o Dérbi foi comandado pelo Palmeiras, que tomou a iniciativa, teve mais posse de bola (54% a 46%), esteve três vezes à frente no placar. O Corinthians, por sua vez, foi como costuma ser, principalmente quando atua fora de casa: retraído, marcando forte e saindo em contra-ataques rápidos - e mortais.
Foi um jogo equilibrado, mas com o Palmeiras um pouco superior, mostrando que, de fato, os 15 pontos de distância na tabela do Brasileirão não refletem a diferença entre os dois times.
Bem posicionado, o Palmeiras encurralou o Corinthians no início da partida, concentrando suas ações pelo lado direito. O lateral Lucas, um dos melhores em campo, foi certeiro nos cruzamentos. E contou com a sorte, como no lance do primeiro gol. O passe desviou em Guilherme Arana e encobriu Cássio.
A estratégia do Corinthians - marcar forte e partir em contra-ataques - deu certo logo no lance do primeiro empate. Malcom disputou a bola na lateral com Robinho, ganhou e partiu da esquerda para o meio, pegando a defesa palmeirense aberta. Arana entrou às costas de Lucas, que fechou para evitar a corrida de Malcom, recebeu e bateu na saída de Prass. Uma jogada bem construída pelos garotos alvinegros.
Robinho perde a dividida, e zaga do Palmeiras fica exposta. Malcom entra pelo meio, Arana passa às costas de Lucas e faz
Robinho perdeu a bola e ficou reclamando no lance do gol corintiano. Mas se esforçou logo para não virar vilão. Dois minutos depois, o Verdão começou a explorar bem um problema recorrente da defesa corintiana: as bolas levantadas na área. O cruzamento de Lucas foi perfeito, e Robinho surgiu em velocidade (e livre) para escorar.
Organizado pelos bons passes de Renato Augusto, o Corinthians não deixava o Palmeiras se empolgar demais e chegou aos 2 a 2 ainda no primeiro tempo, com Amaral colaborando e marcando o gol contra, após desvio de Marciel.
O empate empolgou o Corinthians, que criou uma grande chance para virar o jogo. Renato Augusto fez linda jogada individual, cortando da direita para o meio. Quando chegou de frente para Prass, chutou rasteiro. O goleiro palmeirense fez linda defesa.
A melhor maneira de colocar o Corinthians em apuros era apostando em bolas aéreas. O técnico Marcelo Oliveira sabia disso e chegou a dar bronca em seus jogadores quando eles optaram por um escanteio curto. Estava claro que o caminho era pelo alto. O terceiro gol do Verdão mostra isso. O baixinho Dudu apareceu livre para escorar bola desviada por Alecsandro. O zaga corintiana não conseguiu reagir.
Gil larga Dudu, e atacante do Palmeiras fica livre para marcar o gol do Verdão (Foto: Reprodução/TV Globo)
No segundo tempo, Marcelo Oliveira fez uma importante mudança no Palmeiras. O lateral-esquerdo João Paulo entrou no lugar de Robinho, que estava cansado e já tinha levado o amarelo. Zé Roberto passou para o meio, o que melhorou ainda mais a produção da equipe. O volume de jogo do Verdão aumentou, mas o veterano perdeu grande chance de colocar o Verdão ainda mais à frente.
“Quem não faz, toma”. A máxima não falha. Mesmo com o Palmeiras melhor em campo, o Corinthians achou forças para ir ao ataque e empatar a partida. Em cobrança de falta de Jadson, Felipe cabeceou torto, a bola bateu na cabeça de Love e entrou.
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