Carlos Miguel Aidar, novo presidente do São Paulo
(Foto: Carlos Augusto Ferrari)
Em rápido contato telefônico com a reportagem, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, deu a notícia que todo torcedor tricolor esperava ouvir - e que nenhum palmeirense gostaria que se tornasse realidade:
- Alan Kardec é do São Paulo!
Tudo resolvido? Ainda não. Pouco depois da publicação da notícia, diante da grande repercussão, Aidar voltou a conversar com a reportagem por telefone. Explicou que, empolgado, acabou se expressando mal. A situação com Kardec está muito bem encaminhada, mas ainda não sacramentada.
A preocupação de Aidar é não só com o que o estafe do jogador vai pensar, mas também com o Verdão. Quer manter a relação cordial com o clube e, principalmente, não atropelar etapas, já que, no momento, Kardec ainda tem contrato com o Palmeiras.
- O Alan Kardec é um jogador que nos interessa, e acho que se ele não renovar com o Palmeiras, temos boas chances de um acerto. Mas, primeiro, esperamos que eles resolvam a situação deles. Ele nem poderia ser nosso jogador, não temos nada assinado - disse Aidar.
Em entrevistas a emissoras de rádio, Aidar também se mostrou cauteloso e lembrou justamente que ainda é preciso assinar o contrato para dar como sacramentada a transferência. No clube, porém, vários dirigentes dão o negócio como certo.
Na noite deste sábado, Alan Kardec se reuniu com o presidente Paulo Nobre e avisou que jogaria no São Paulo, pois sua decisão já estaria tomada após a resistência do Palmeiras em pagar o salário desejado pelo jogador e por seu estafe. O empresário Marcos Casseb participou da reunião e confirmou que não houve acerto entre Kardec e Palmeiras.
A expectativa é de que o desfecho da negociação com o São Paulo aconteça na próxima semana. Aidar, cauteloso, não dá prazo.
- Apenas temos interesse e otimismo, mas esperamos a conclusão de outra situação para podermos agir.
O São Paulo ofereceu 4,5 milhões de euros ao Benfica, dono dos direitos do atacante, que vai receber cerca de R$ 350 mil de salário caso acerte com o clube do Morumbi.
Kardec ficou muito decepcionado com a condução de sua renovação por parte da diretoria alviverde. O estopim da indefinição quanto aos números se deu quando houve acerto por R$ 220 mil mensais, além dos bônus por produção. Porém, quando o valor chegou às mãos de Nobre, ele vetou e mandou reduzir em R$ 20 mil.
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