O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, deu declarações desencontradas, confirmando e negando o acerto com Alan Kardec, mas a ida do centroavante para o rival parece iminente.
Por contrato, o Palmeiras tem prioridade para cobrir qualquer proposta até o final de maio, e diretoria, comissão técnica e time tentam trabalhar em meio à indefinição da permanência de seu principal jogador.
Publicamente, a diretoria se cala. O diretor executivo José Carlos Brunoro tinha prometido se manifestar no Pacaembu logo depois da derrota para o Fluminense nesse sábado, mas, após circularem especulações da confirmação de Aidar, deixou o estádio sem falar com a imprensa.
Oficialmente, o Tricolor se posiciona dizendo que só entrará no negócio quando o Verdão sair dele, uma declaração óbvia, pois o Palmeiras tem garantida em contrato a prioridade de cobrir qualquer oferta em um mês. O problema é igualar os números que o clube do Morumbi já apresentou ao jogador e ao Benfica, dono dos direitos econômicos do atacante e que o emprestou até 30 de junho.
Pressionada por torcedores, a diretoria tenta trabalhar mantendo a política econômica imposta pelo presidente Paulo Nobre e que deixa cada vez mais improvável o acerto salarial com o jogador. Enquanto isso, cabe a Gilson Kleina e seus comandados tentar mostrar algum otimismo, falando sozinho em meio ao silêncio dos dirigentes.
“Fiz de tudo para colocar o foco no jogo, mas tudo que você lê é a situação do Alan”, disse o treinador, acompanhando Valdivia e todos os outros atletas na campanha pela permanência do goleador. “Se chama atenção dos outros clubes, imagina a importância dele para nós. Mas vamos ver se o desfecho acontece até segunda-feira.”
O técnico diz ter procurado a diretoria para saber se houve alguma evolução e, em sua entrevista, não quis nem imaginar ver Kardec com a camisa tricolor. “Temos que ter tranquilidade, acreditamos muito no que o Alan fez por nós. O Palmeiras o recebeu de braços abertos, resgatou um grande jogador que deu sua parcela nos trazendo para a Série A e nos deu a vitória contra o Criciúma. Para me causar surpresa vê-lo em outra instituição, tem que acontecer”, afirmou.
Kleina, porém, saiu do Pacaembu com fisionomia contrariada em meio às confirmações e aos desmentidos de Aidar. “Fiz o meu papel de conversar com a diretoria para saber a situação e estão imbuídos para fazer todos os esforços.
Acredito e quero contar com o Alan, ninguém quer perder um dos melhores atacantes do Brasil e que ficou na iminência de ser convocado. A especulação de outros clubes saiu, mas não me passaram nada. Desconheço se ele foi para um rival daqui”, tentou se convencer.
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