Maestro do Palmeiras na histórica goleada sobre o Boca Juniors-ARG por 6 a 1, o ex-volante Mazinho, aposentado desde 2001, recorda, em entrevista para o Site Oficial, que aquela atuação inspirada de 20 anos atrás, apontada por ele mesmo como a melhor de sua carreira, o levou de volta à Seleção Brasileira e, por consequência, o credenciou para a Copa do Mundo de 1994.
“Fazia quase três anos que eu não era convocado para a Seleção. A última vez tinha sido na Copa América do Chile em 1991. Fiquei de 92 a 94 sem ir. E foi com aquela partida contra o Boca que eu consegui voltar depois de muito tempo. A torcida do Palmeiras teve um peso importante. Eles começaram a gritar ‘Mazinho é seleção’. A imprensa também comentou bastante. Enfim, foi um jogo muito especial para mim, foi o melhor da minha carreira. Fiz uma partida completa”, afirmou.
O ex-camisa 8 alviverde, restando pouco mais de três meses para o Mundial dos Estados Unidos, foi chamado pelo técnico Carlos Alberto Parreira dias depois para um amistoso contra a Argentina, disputado no dia 23 do mesmo mês de março, no Recife-PE - o Brasil, com o ex-jogador palestrino entrando no lugar de Dunga no segundo tempo, venceu por 2 a 0, com dois gols de Bebeto. E Mazinho, que viria a ser titular ao longo da Copa por opção técnica, não saiu mais. “Voltei para os últimos amistosos, garanti minha vaga e fui para a Copa do Mundo, onde deu tudo certo e pude ser tetracampeão mundial”.
O ex-atleta, campeão do mundo junto do companheiro Zinho, relembra com saudades os tempos de Palestra Italia. “Sinto muitas saudades daquela época. Somos bem amigos e temos contato até hoje. Futebol também é amizade, e aqueles tempos iremos guardar para sempre. Sampaio, Evair, Zinho, enfim, todos os jogadores daquela época são excelentes pessoas. Sinto-me orgulhoso de ter participado daquele time e honrado o nome do Palmeiras”, disse.
Thiago Alcântara e Rafinha no Verdão?
Com passagem vitoriosa e feliz pelo Palmeiras, Mazinho vê com bons olhos a ideia de, em um futuro distante, assistir aos filhos (Thiago Alcântara, hoje no Bayern de Munique-ALE, e Rafinha, do Barcelona-ESP e emprestado ao Celta de Vigo-ESP) atuando com o manto alviverde.
“O futebol dá muitas voltas. A gente nunca sabe. Eu, por exemplo, nunca imaginava que jogaria em um clube como o Palmeiras e em times grandes da Europa quando comecei. As coisas acabam acontecendo. É claro que a vida dos garotos hoje e nos próximos anos será aqui na Europa, mas a gente nunca sabe, né? Vamos ver... (risos)”, finalizou Mazinho, atualmente empresário, inclusive dos dois filhos, no ramo do futebol e em outras áreas.
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