Victorino tem salário maior do que a diferença que, segundo estafe de Kardec, deixou atacante longe do Verdão
Na expectativa da confirmação do pedido do Benfica para rescindir o contrato de empréstimo de Alan Kardec e repassá-lo ao São Paulo, Paulo Nobre vê a iminente saída de seu artilheiro como consequência de sua política de conter gastos.
Uma estratégia econômica que, no entanto, não é tão rigorosa em contratações como as de Victorino, que ainda não estreou e recebe salário bem maior do que a diferença que deve tirar o artilheiro do clube.
Na semana passada, ao jornal Lance!, o diretor executivo José Carlos Brunoro já mostrava tranquilidade caso não renovasse com Alan Kardec, dizia ter certeza que um rival poderia superar a proposta do Verdão e argumentou que o clube está acima de todos. Ao mesmo tempo, avisou que não via obrigação de título no centenário.
Pensando em sustentabilidade, os relatos das estratégias fracassadas de renovar com o artilheiro dão conta de que, antes de aceitar o que foi oferecido pelo São Paulo, a diferença entre o que o atleta pedia e a proposta do Palmeiras era de R$ 20 mil.
O estafe do jogador conta que, em um momento no qual chegou a existir acordo salarial, o presidente diminuiu sua oferta em R$ 5 mil.
Os valores citados são irrisórios em tratativas no futebol, principalmente levando-se em conta um dos atletas mais importantes do elenco.
A prova é de que a preocupação em se economizar foi exagerada está na presença de jogadores quase imperceptíveis no plantel de Gilson Kleina e que recebem muito mais do que os R$ 20 mil de diferença na, até agora, última tentativa do estafe de Kardec em negociar com o Verdão.
Victorino é um exemplo claro. Brunoro argumenta que foram feitas pesquisas sobre o uruguaio antes de contratá-lo e ainda o comparou a Wesley, que operou o joelho direito menos de um mês após chegar ao Palmeiras.
Mas, diferentemente do volante, o zagueiro sofre com lesões e não entra em campo desde setembro de 2012. Mesmo assim, acertou em janeiro deste ano com salário superior a R$ 20 mil e, em quatro meses, já teve dois problemas musculares – ainda não estreou e só foi relacionado uma vez.
Outros jogadores nada baratos foram contratados nesta gestão e apenas treinam, raramente ficando no banco, mas recebem mais do que a diferença entre as pretensões de Nobre e Kardec.
O lateral esquerdo Paulo Henrique, compensação a pedido do empresário no acerto com Bruno César, o meia Felipe Menezes, contrapeso do Benfica no empréstimo gratuito de Kardec, e o volante Bruninho, que chegou da Portuguesa, fazem parte desse grupo.
A diretoria ainda mantém negociações para ficar com Serginho, meia-atacante emprestado pelo Oeste e que pouco mostrou nas chances que teve.
Esforço contrário ao da negociação com Alan Kardec, destaque na conquista da Série B do Brasileiro, artilheiro do time no centenário e, agora, a caminho do arquirrival São Paulo.
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