Lucas posa para a reportagem do LANCE!, após treino na Academia de Futebol (Foto: Alan Morici)
Lucas é um dos jogadores mais regulares do Palmeiras em 2015. Quando entrar em campo nesta quarta-feira, às 19h30, para enfrentar o Inter no Beira-Rio, pelas quartas de final da Copa do Brasil, o lateral-direito fará sua 46ª partida – o segundo que mais jogou pelo clube no ano, atrás apenas de Fernando Prass. Depois de aprender com as “porradas” da vida, o camisa 32 diz que sua concentração é o maior motivo para jogar tanto, e bem.
– Eu já tive momentos muito bons, pude chegar à Seleção (no Superclássico das Américas, em 2012), e outros não tão bons. Fui aprendendo, trabalhando minha mente para não oscilar mais. Isto serve para que possa estar sempre jogando em alto nível – disse, ao LANCE!.
Para chegar a isto, Lucas faz trabalhos além da Academia de Futebol. Aliado aos treinos do dia a dia no clube, o jogador tem o acompanhamento do psicólogo José Aníbal Azevedo Marques, com quem faz atividades para ter as melhores reações dentro de campo.
Ser “cerebral” hoje é uma característica adquirida pelo palmeirense e uma das armas do jogador, discípulo de Seedorf, com quem jogou por quase dois anos no Botafogo.
– Ele se entregava no treino como poucos, mesmo aos 38 anos, e tiro isto de aprendizado. Com pessoas tão vitoriosas, você tem que sugar o máximo, e foi o que eu fiz. Aprendi a me dedicar, a questionar. É o que eu faço. Estou interessado em tudo, na parte técnica, tática, física. O que puder tirar de proveito para a minha carreira, tento fazer.
Em alta, Lucas tem sido decisivo no Verdão – no Dérbi, fez um gol e deu uma assistência para Robinho; sábado, contra o Grêmio, outro passe para gol, desta vez de Barrios. Contra o Inter, o lateral espera ajudar o Palmeiras a encerrar um jejum de quase 18 anos sem vitórias no Beira-Rio e, de quebra, abrir vantagem na Copa do Brasil.
CONFIRA UM BATE-BOLA COM LUCAS, LATERAL-DIREITO DO VERDÃO, AO LANCE!
O que significa ser o jogador de linha que mais atuou no ano?
Para mim, é muito importante estar sempre jogando. Eu mantenho um nível de concentração muito alto em tudo o que eu faço para não oscilar na temporada. Está sendo um ano muito bom para mim, bem gratificante.
A regularidade é sua maior qualidade? Você se cobra por isso?
É um objetivo meu. Aprendi muito com o decorrer dos anos, com a experiência, passei por oscilações na carreira, e hoje é o que mais procuro esta regularidade. Estou mostrando isto no Palmeiras, muito contente, feliz, e trabalhando forte. É um dos melhores momentos da carreira.
Qual foi o aprendizado com estas oscilações na carreira?
Tomei muita porrada na carreira, tive altos e baixos e faço um trabalho fora do Palmeiras com a parte psicológica, que é o que me dá confiança, junto do trabalho no dia a dia no clube.
Você, então, é um jogador mais cerebral? Esta é sua qualidade?
Hoje é uma das minhas virtudes. Acredito que você bem fisicamente, tecnicamente, ainda pode melhorar tendo cabeça boa, com pensamentos positivos, se entregando. Nossa mente nos leva para lugares que você às vezes não tem dimensão.
O que falta para coroar o ano?
A gente vai buscar um título. Está sendo um ano positivo, claro que a gente ainda tem nossas oscilações, que ao meu ver é muito normal, é um grupo que se montou neste ano. Vamos encontrar a maturidade com o tempo. É buscar ao máximo este título da Copa do Brasil. Quem sabe também com uma sequência bacana de vitórias no Brasileirão temos essa possibilidade (de brigar pelo título). Quando tem uma chance, você tem que acreditar sempre.
Qual deve ser a estratégia para o jogo contra o Inter?
A gente precisa manter nosso nível de jogo. O nosso time é muito forte, e com a qualidade que temos, possivelmente vamos ter chances de fazer gols. E quando tiver, o gol na Copa do Brasil decide muita coisa. Fazer um, dois gols no Beira-Rio, a condição de classificar é muito grande. Temos de manter nosso nível do segundo tempo contra o Fluminense e os dois tempos contra o Grêmio. Não podemos mais oscilar o nosso nível técnico de futebol. Temos de buscar essa excelência para passar na Copa do Brasil e seguir no Brasileiro. Nossa conduta em campo não pode mais ser de oscilação, temos de estar sempre evoluindo.
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