Gobbi evita polemizar sobre Kardec, mas diz: ética é utopia

Gobbi preferiu não se intrometer entre briga Palmeiras x São Paulo(Foto: Alan Morici / Terra)

Presidente do Corinthians, Mário Gobbi evitou intrometer-se na polêmica criada entre os rivais São Paulo e Palmeiras em torno da negociação de Alan Kardec - o time alviverde, que perdeu o jogador para o clube do Morumbi, está revoltado com a atitude do adversário. O mandatário corintiano lembrou ligações com Paulo Nobre, mas preferiu não criticar diretamente um dos dois lados.

"O Paulo Nobre falou comigo há umas semanas atrás porque estava um comentário grande de que o Corinthians queria o Kardec. E eu disse a ele que o Corinthians não estava negociando o Kardec por um motivo simples: o Corinthians não dispõe de 4 milhões de euros para pagar o Benfica. Caso o Corinthians quisesse, falaria com o presidente (Nobre), seria leal. Com relação à conduta do São Paulo, acho que cada presidente deve falar por seu clube", disse Gobbi à Rádio Bandeirantes.

Em coletiva realizada em São Paulo nesta segunda-feira, o presidente palmeirense Paulo Nobre irrompeu contra o São Paulo, que tirou o jogador do clube palmeirense ao entrar em acerto salarial com Alan Kardec. O mandatário alviverde chamou a atitude do rival de "sorrateira" e "antiética" - Gobbi, por sua vez, disse que a ética total no futebol é impossível.

"Ética no seu sentido mais puro é utopia. Agora quando você trata com clubes que você tem um relacionamento, como os quatro grandes aqui, a ética é um pouco mais rígida e você toma cautelas. Nós temos o G-4, depois vamos sentar no G-4 para conversar com os colegas. O Laor (Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, ex-presidente do Santos) quando era presidente do Santos me ligou para liberar para negociar com jogador tal, Odilio (Rodrigues, atual presidente do Santos) da mesma forma, Paulo (Nobre) da mesma forma", lembrou o presidente do Corinthians.