Paulo Nobre tem mandato até dezembro deste ano Palmeiras
Paulo Nobre brincou com fogo e se queimou. A confiança era tamanha de que o assédio rival não causaria estragos, de acordo com relatos de seus pares na Academia, que o presidente em nenhum momento deu bola para notícias sobre o interesse de outros clubes. Sempre achou que a “rebeldia“ do pai de Kardec na negociação seria contornável.
Achou que empurraria as tratativas até o dia 31 de maio, quando venceria a preferência de compra com o Benfica (POR). Concorde você ou não com as críticas de Nobre à “ética” do São Paulo (entendo que Kardec é profissional e tem direito de ouvir ofertas), o presidente foi no mínimo ingênuo ao achar que passaria meses conversando com um atacante em evidência sem concorrência.
Há dias, a insatisfação do estafe de Kardec é pública. Há meses, vários veículos de comunicação publicaram que outros grandes clubes foram atrás do camisa 14. Levar a situação ao limite foi um risco assumido por Paulo Nobre.
A questão já poderia ter sido resolvida bem antes de Carlos Miguel Aidar, o dito “vilão”, assumir a presidência do São Paulo.
Não há coitadinhos: nem Nobre, nem Kardec. Há um derrotado: o Palmeiras, que sofreu um baque técnico e psicológico. Perder uma referência do esquema atual para um rival é trágico, e a péssima atuação de sábado já foi um reflexo. Salários de R$ 220 mil não fugiriam da realidade do clube.
É óbvio que o “Palmeiras não vai acabar sem Kardec” e soa até infantil quem sua o argumento para amenizar a situação. Mas o Palmeiras só é Palmeiras porque teve bons (ótimo e excelentes) jogadores. Sem eles, complica.
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