Dirigentes admitem busca por mais reforços, mas negam negociação para tirar meio-campista Wesley do Palmeiras
Na gestão de Juvenal Juvêncio, o São Paulo admitiu interesse na contratação de Wesley, do Palmeiras. Com Carlos Miguel Aidar, a pretensão esfriou. Mas, depois de tirar o atacante Alan Kardec de lá, a nova diretoria avisa que não medirá esforços para reforçar seu elenco. Nem que, para isso, tenha que novamente ser criticada por Paulo Nobre, mandatário palmeirense.
"A Série A é mais difícil. Disputar uma Série A é bem mais difícil que a B, é mais competitiva, a concorrência é maior. Tem que ficar mais atento a tudo que acontece ao seu redor, tem que ter uma equipe muito boa, como a gente tem.
Tem que estar atento a tudo, 24 horas por dia, acordar de madrugada com uma ideia, pegar o papelzinho e anotar do lado", disse Aidar, nesta terça-feira, em ironia clara à recente promoção do rival à primeira divisão.
Admitindo ter sido a contratação de Kardec um "cartão de visita" de sua gestão, o sucessor de Juvenal prometeu novos reforços ao longo da temporada. Ao seu lado, o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, deu força à promessa, aproveitando para negar que, neste momento, esteja se movimentando também para contratar o meio-campista Wesley.
"Vamos fazer de tudo para ganhar esse Brasileiro. Não vamos fazer nada antiético, mas vamos lutar para brigar na ponta. Não conversamos com o Wesley, que tem contrato com o Palmeiras e tem que respeitar.
É um grande jogador, assim como o goleiro Fernando Prass, também citado por vocês (jornalistas), mas não estamos interessados em nenhum deles. O Muricy (Ramalho, treinador) nos pediu jogadores, mas o Wesley não se enquadra, nosso meio-campo é muito forte", falou Ataíde.
De fato, a situação de Kardec era bastante diferente. O atacante está emprestado somente até 30 de junho pelo Benfica, clube português detentor de seus direitos econômicos. Já Wesley pertence ao Palmeiras, com quem tem vínculo até 27 de fevereiro de 2015.
Logo, ele só poderá assinar pré-contrato com outra equipe a partir de agosto deste ano, seis meses antes do final do acordo. Ainda assim, ao comentar sobre o mercado do futebol, Aidar escorregou.
"Os clubes estão muito preocupados em reduzir suas folhas, o São Paulo não é exceção, quer reduzir. A proposta que fizemos ao Wesley é muito abaixo...", dizia, antes de ser corrigido. "Ao Kardec! Esse é o famoso ato falho. O Wesley é atacante igual ao Kardec. Me saí bem?", perguntou a Ataíde. "Mais ou menos", respondeu o vice de futebol, rindo, sem querer corrigir o presidente mais uma vez.
Segundo a diretoria, no entanto, depois de oficializada a contratação de Kardec - o que pode ocorrer ainda na tarde desta terça-feira -, a prioridade passa a ser reforçar a defesa. Neste momento, a dupla de zaga é formada por Rodrigo Caio e Antônio Carlos, sem grandes substitutos à altura dentro do elenco.
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