Valdivia, em evento em SP (Foto: Marcelo Braga)
Valdivia não gostou das declarações do presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, que afirmou que o Palmeiras se apequenou após o episódio da saída de Alan Kardec para o clube tricolor. Em evento de uma patrocinadora em um movimentado shopping paulistano, o meia foi perguntado se acredita que o Verdão tenha tido um comportamento menor do que as suas tradições durante a negociação:
- A resposta não é para ele (Aidar), mas digo para a nossa torcida: o Palmeiras não é time pequeno, não está se apequenando como ele falou. Acho que cada um tem que cuidar do que é seu. O Paulo (Nobre) tem de cuidar do que é do Palmeiras, o presidente do São Paulo tem de cuidar do que é dele. Declarações como as dele fazem com que a torcida fique muito brava e às vezes pode ter até violência contra ele. Isso acontece no futebol. A coletiva dele foi um pouco em resposta à do Paulo. Cada um falou o que sentia, o que tinha na cabeça. Agora cada um que se preocupe com o seu. São duas equipes grandes, temos uma história linda - afirmou o jogador.
Sobre a saída do companheiro para o rival, o jogador afirmou que o atacante tinha muita vontade de permanecer e lamentou a decisão. E a necessidade de buscar reforços, que já existia, aumentou ainda mais.
- Na semana passada teve coletiva no CT e eu falei que precisava recontratar Wesley, Kardec e mais jogadores. Fui claro. Infelizmente o Kardec saiu, e minha opinião segue a mesma. Precisa contratar, perdemos um grande jogador. Tem de trazer outros para nos ajudar neste longo Campeonato Brasileiro - pediu.
Questionado se a nova política de salários do clube pode atrapalhar na busca por reforços, o chileno disse acreditar que existam atletas que se encaixem na política de produtividade:
- Tem jogador que não gosta de produtividade, outros que não têm problema em fechar esse tipo de contrato. Acredito que contrato de produtividade para o Kardec seria muito difícil. Insisto: não sei o que rolou na negociação, mas tem jogador que aceita e outros que não - opinou.
Ainda sobre Aidar, o palmeirense foi perguntado sobre a expressão usada pelo dirigente: "o choro é livre". Em 2008, durante o Campeonato Paulista, Valdivia fez o gesto do chororô" em um clássico contra o São Paulo. Ele pode ser repetido...
- Ah, se eu fizer gol e a gente ganhar... Vou pensar. Vejo depois. No futebol você tem de ter muito cuidado com as coisas que fala e faz, as fotos que tira, os lugares que frequenta. Qualquer coisa vira uma bomba, uma palavra pode provocar briga entre torcidas. Não queremos isso. Brigamos em campo e o torcedor é só para torcer.Temos de tomar cuidado com o que a gente fala e faz - finalizou.
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