*Por Ana Canhedo
Peço permissão para começar este texto pelo final. O 100 gol do Palmeiras no ano não poderia ter sido de jeito melhor para o palmeirense: em vacilada épica de Rogério Ceni, finalizada com o toque de classe do mais uma vez iluminado e esforçado Robinho, gol daqueles para contar aos netos daqui a alguns anos.
Agora, vamos ao jogo: o que se viu no Morumbi foi um verdadeiro abismo entre a defesa e o ataque do Verdão, cada um falou uma língua no gramado.
Atrás, Thiago Santos se desdobrou para segurar o adversário, fez o possível, mas acabou amarelado e, consequentemente, suspenso do próximo jogo . Andrei Girotto, perdido, por pouco não se complicou nos primeiros minutos. Marcados na hora de sair com a bola e muito recuados, os dois deixaram Robinho sozinho na missão de tentar conectar duas ‘partes’ tão distantes. A missão falhou.
Marcelo, então, apostou em Lucas no meio-campo, literalmente como um cão de guarda da área palmeirense, alteração que durou pouco, pois logo a tentativa foi colocar Kelvin avançado e deixar apenas Thiago Santos de volante, já amarelado e sobrecarregado.
Mais uma vez, com já vem fazendo, Marcelo jogou o Palmeiras para frente, na tentativa de furar a boa marcação são-paulina. No entanto, o adversário seguiu a neutralizar as armas do rival visitante. Egídio, por exemplo, acostumado a apoiar o ataque e criar chances, pouco encontrou espaço para chegar à frente. João Pedro, que havia entrado para ocupar o lugar de Lucas pela direita ataque, chegou a ensaiar boa troca com Kelvin, mas não foi efetivo e não rendeu.
Se não vai na técnica, vai na raça? Não. Se não vai na técnica, vai na sorte! Seis meses e dois dias depois, Robinho foi premiado de novo, bem como eu disse lá no começo deste texto. Aquém do esperado, o Verdão saiu do Morumbi premiado com sorte de quem busca o G4.
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