Já ouviu aquela história de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Pois é, esqueça. Robinho, do Palmeiras, provou que um raio cai, sim, duas vezes no mesmo lugar. É verdade que não foi exatamente no mesmo lugar. Apesar da semelhança dos gols do meio-campista palmeirense sobre Rogério Ceni, um, o primeiro, aconteceu no Allianz Parque, em partida válida pelo Campeonato Paulista, outro, no último domingo, no Morumbi, pelo Brasileirão.
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Os lances são realmente muito parecidos: ambos possuem os mesmos protagonistas, nasceram de uma pressão do setor ofensivo alviverde e reposição de bola errada do ídolo são-paulino. Nas duas vezes elas acabaram indo parar no mesmo jogador do Palmeiras. E, depois que ele dominou e chutou, com estilo, a bola parou no fundo do gol. No entanto, também existem diferenças que precisam ser explicadas.
No primeiro, Rogério Ceni sofre com um quique da bola e manda direto no peito de Robinho, centralizado no gramado do Allianz Parque. De pouco mais de 40 metros de distância, o meia mata no peito e bate com estilo. O goleiro, no entanto, ainda tem tempo para se recuperar e fazer a defesa, mas volta a falhar e vê a bola estufar as redes.
Já no lance do último domingo, Ceni domina e tenta bater de três dedos na bola, mas é apertado por Alecsandro, que faz um leve desvio e vê a bola acabar com Robinho. Muito mais perto e pelo lado direito do ataque, o camisa 27 domina com consciência e dá um tapa indefensável, no canto oposto do goleiro são-paulino.
"Quando vi que o Rafa apertou o zagueiro, não recuou bem para o Rogério, rolou a bola e sobrou no meu pé. Achei até que o Rodrigo Caio ia por a mão... O que sei é que estou feliz demais, meu filho deve estar mais feliz que eu. Mais uma vez entrar para a história, negativa para ele (Ceni), mas respeitando o ídolo do futebol brasileiro que é", vibrou Robinho após a partida. "O raio não cai na cabeça duas vezes, mas cuidado que cai sim", opinou Rafael Marques.
"Não, é nosso estilo de sair jogando, ficou apertado na minha perna esquerda, eu tentei já jogar para lateral. Não tinha mais opção para jogar, a bola amorteceu no pé dele (desvio de Alecsandro), perdemos a bola, demos azar. A bola voltou e gol deles. Um chutão para frente fugiria da característica da nossa equipe, mas talvez fosse a melhor escolhe. Eu escolhi sair jogando, então, automaticamente, o erro maior foi meu", tentou explicar Rogério.
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