Capitão defende colegas que ficaram e acha que ninguém faz tanta diferença a ponto de algum time cair de nível.Foto:Djalma
Vassão/Gazeta Press
Fernando Prass já disse que o Palmeiras sobreviveu após as saídas de ídolos como Edmundo e Evair e, para minimizar a ida de Alan Kardec para o São Paulo, foi além.
O capitão declarou que nenhum jogador do futebol brasileiro faz tanta diferença a ponto de algum time diminuir de nível por conta de sua negociação.
“Por melhor e maior que seja o jogador, são 11 que entram em campo. Se você perde um Messi, Cristiano Ronaldo ou Pelé, mesmo um Barcelona sentiria uma diferença enorme porque são jogadores de outra realidade. Mas, no futebol brasileiro, não tem nenhum time que muda de patamar de forma tão grande pelo simples fato de sair um jogador”, opinou o goleiro.
“O Alan Kardec é um jogador jovem, com nível de Seleção e que estava muito bem, mas em todo jogo entramos com 11 em campo. Não pode um time competitivo e do tamanho do Palmeiras se desesperar ou jogar por água todos os objetivos que tinha por um jogador, muito embora seja um jogador muito importante”, continuou.
Líder do elenco, Fernando Prass usa armário vizinho ao que era de Kardec e acompanhou a tensão do centroavante, mas não conversa com ele desde seu último treino na Academia de Futebol, na quinta-feira. Pensando no Verdão, colocou a saída do ex-camisa 14 como algo rotineiro.
“Estou no futebol profissional há 18 anos e em todos os anos perdi jogador do meu time. Claro que o modo que a negociação desenrolou foi mais traumático, mas é rotineiro contratar e perder jogadores, é cíclico.
Daqui a pouco, como o Kardec ocupou o espaço do Barcos, a diretoria contrata outro que ocupar o espaço do Kardec. Se você se abalar com cada um que sai, não consegue ficar tranquilo para trabalhar”, indicou, elogiando os colegas que ficaram.
“O Kardec era um jogador importante, como são vários outros. Era uma parte do time. Claro que uma das mais visíveis porque é o cara que faz gol, mas recebeu passe, cruzamento e teve sustentação atrás de alguém. Já vimos grandes jogadores que, sem um time por trás, não rendem nada”, analisou.
Prass discorda até de quem prevê uma busca mais urgente por contratações agora. “Foi uma perda, claro, admitida pelo presidente porque o clube queria que ele continuasse. Mas, antes de o Kardec sair, já era falado que o Palmeiras estava em busca de jogadores para se reforçar.
Todos os clubes precisam, o Palmeiras mais ainda porque perdeu um jogador importante”, afirmou.
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