WTorre é otimista, mas Verdão ainda teme não ter o Allianz contra o Flu

Estádio receberá um show da banda Muse quatro dias antes do jogo pela Copa do Brasil. Construtora crê que gramado estará apto, assim como após show de Katy Perry

Gramado recebeu tratamento intensivo após show de Katy Perry e foi utilizado contra o Inter (FOTO: Thiago Ferri)



O sorteio realizado pela CBF na tarde desta segunda-feira definiu que o Palmeiras jogará em casa na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil, contra o Fluminense, no dia 28 deste mês. Se fosse mandante no jogo de ida, dia 21, o clube certamente não poderia utilizar o Allianz Parque, que receberá show da banda Muse no dia 24. Mas a arena ainda não está confirmada para o duelo de volta, que tem chance de ser no Pacaembu ou em outro local.



O LANCE! apurou que, ao informar o Palmeiras sobre o aluguel do estádio para o show do Muse, há alguns meses, a WTorre avisou que o local ficaria indisponível para jogos até o dia 3 de novembro. No entanto, a construtora agora acredita que pode recuperar o gramado e todas as demais instalações bem antes, como aconteceu nas quartas de final, contra o Internacional.



Naquela ocasião, o Allianz Parque recebeu a cantora Katy Perry no dia 25 de setembro e estava apto para o confronto entre Palmeiras e Internacional no dia 30. Agora, haverá um dia a menos para recuperar a grama. Por isso, as partes devem conversar nos próximos dias antes de informarem à CBF o palco da partida.



A primeira alternativa seria o Pacaembu, mas o Palmeiras não descarta aceitar propostas de outros municípios para mandar o jogo. O mesmo se aplica ao duelo contra o Sport, no dia seguinte à apresentação do Muse, pelo Campeonato Brasileiro. O Allianz Parque já está descartado para este duelo, que deve ser no Pacaembu, mas ainda pode ser levado a outro palco.



Apesar de não ter boa relação com o Palmeiras, a WTorre tem grande interesse em deixar o estádio disponível para o jogo contra o Flu. Quando o Verdão é impedido de jogar em seu campo devido a outro evento, a construtora é obrigada por contrato a pagar multa equivalente a 50% da renda bruta desta partida.



"Se a Arena não estiver disponível para a Proprietária (Palmeiras), por ação ou omissão culposa da Superficiária (WTorre), a Superficiária pagará à Proprietária a indenização no valor equivalente a 50% da renda que vier a ser auferida pela Proprietária no jogo em que não puder utilizar a Arena", diz o documento.



De qualquer forma, o Palmeiras lucrará com o show. O mesmo contrato obriga a WTorre a repassar 20% do que for arrecadado nesse tipo de evento ao clube. O valor cresce a cada cinco anos.