De um lado do muro, um clube tricampeão mundial, três vezes rei da América, seis canecos do Brasileirão e 21 estaduais.
De outro, uma agremiação com oito taças nacionais, duas Copas do Brasil, uma Libertadores, 22 voltas olímpicas no Paulista e uma Copa Rio, que muitos consideram título mundial.
No meio da troca de gentilezas e alfinetadas entre o soberano São Paulo e o Palmeiras, a grande cobiça: o centroavante Alan Kardec.
Uma badalada estrela bicampeã da Série B (Vasco/09 e Palmeiras/13), dona de duas conquistas no poderoso ludopédio português e um fantástico Paulistinha (Peixe/12).
Não se pode negar: alguma coisa anda fora do eixo na pátria de chuteiras de bico quadrado.
É inacreditável que duas equipes tão tradicionais e vitoriosas ocupem as manchetes esportivas, com intercâmbio de amabilidades que fariam inveja a bafafá em cortiço, por um jogador que até pouco tempo atrás era um peso morto no Benfica.
"A manifestação do presidente Paulo Nobre é patética. Ano após ano, o Palmeiras se apequena" - Carlos Miguel Aidar, mandachuva e raios do Tricolor.
"O presidente do São Paulo é arrogante e antiético. Tem a prática horrorosa de assediar jogador do adversário" - de Paulo Nobre, chefão palmeirense.
"Falaram tanto em Alan Kardec para a seleção, que ele passou a ser tratado como se fosse uma estrela do time brasileiro" - do pequeno grande Tostão, na ‘Folha.
Ao longo da carreira (250 jogos), Alan Kardec marcou 74 gols, 24 deles com a camisa do Palmeiras, em 46 partidas. É muito carnaval para pouca folia.
4674 visitas - Fonte: ESPN