Tomara esteja errado, mas quando Corinthians e Palmeiras começarem a mandar seus jogos em seus novos estádios, o Pacaembu ficará às moscas, com utilização eventual por um dos times de São Paulo, incluindo o Santos, ou por nenhum. O Palmeiras terá a Allianz Parque e precisa fazer renda no novo campo para pagar suas dívidas. O Corinthians, depois de 16 maquetes, de acordo com Andrés Sanchez, não vai deixar a Arena Corinthians para usar o Pacaembu, mesmo sendo eternamente grato pelas portas abertas nesses anos todos. São Paulo e Santos têm seus estádios e deles não abrem mão.
Se hoje a agenda do Pacaembu é cheia, depois da Copa ela ficará livre sem partidas desses times. Imagino que a prefeitura de São Paulo esteja pensando em projetos para o uso do Paulo Machado de Carvalho, mas que ainda não os têm, como revelou reportagem do Estado. Igrejas, bingos, festejas juninas, tudo isso pode até encher o local de gente, mas nada tão nobre quanto uma partida de futebol. Afinal, o Pacaembu foi erguido na década de 1940 para isso.
A prefeitura até pode apelar para os clubes paulistas. Um apelo do tipo ‘um jogo por mês’. Mesmo assim isso ainda deixaria longe de seu uso tradicional. A Federação Paulista também poderá arrumar competições menores, como a Copa São Paulo de Futebol Junior, para o local, o que daria um mês cheio de uso. Dependendo do que encontrarem para o local, há ainda uma batalha com os moradores da região, que tentam impedir há anos as arruaças na região em dias de jogos.
O fato é que os organizadores precisam pensar logo nisso para que o Pacaembu, um dos símbolos da cidade, não desapareça em ruínas e abandono.
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