Fernando Prass vive boa fase no Palmeiras (Foto: César Greco/Agência Palmeiras)
Jogador do Vasco entre 2009 e 2012, Fernando Prass tem boas lembranças do Maracanã. Neste domingo, às 16 horas, o goleiro volta ao estádio com o Palmeiras, que enfrenta o Flamengo para esquecer a derrota para o Fluminense, e a dolorida saída do atacante Alan Kardec para o seu rival São Paulo.
Será a primeira vez do camisa 25 e Verdão no Maraca depois da reforma no histórico estádio. Lá, em 2010, o arqueiro realizou um de seus jogos mais marcantes na carreira.
No dia 1º de agosto, Flamengo e Vasco fizeram o último Clássico dos Milhões antes do fechamento para reformas. E três defesas consecutivas de Prass, aos 41 minutos do segundo tempo, decretaram o 0 a 0. Os dois lados o consideraram o “culpado” pelo jogo sem gols.
– Aquele jogo foi 0 a 0, e me marcou muito, porque foi a sequência de defesas mais incrível que fiz na minha carreira. Eram três bolas no mesmo lance, no fim do jogo. Marcou porque o Maracanã estava cheio, e foi a despedida do clássico do estádio. Agora tenho a felicidade de voltar – relatou Prass, ao LANCE!Net.
Aos 35 anos, o goleiro e capitão é junto de Lúcio um dos atletas mais experientes do time, que terá hoje titulares como Serginho e Henrique, que tratam a chance de jogar no estádio como um “sonho de criança”.
A expectativa da dupla para a partida da terceira rodada do Brasileiro se assemelha com a do rodado goleiro, já que ele tem curiosidade para conhecer como ficou o local em que brilhou pela equipe cruz-maltina.
No Verdão, Fernando Prass é um dos alicerces da equipe, especialmente por conta de sua boa fase. Neste início de ano, não foram poucos os jogos em que o goleiro realizou importantes defesas, e Alan Kardec, na frente, garantiu a vitória. A dupla dava segurança ao palmeirense.
Diante do Rubro-Negro, o Palmeiras faz seu primeiro jogo desde que o presidente Paulo Nobre anunciou a saída de seu artilheiro para o rival. A preocupação por não ter o camisa 14, segundo o capitão, já não atrapalha mais o Alviverde, virou “passado”. O objetivo é chegar bem antes da pausa para a Copa do Mundo.
Se depender das memórias de seu goleiro no Maracanã, o Verdão terá um importante aliado nesta tarde.
CONFIRA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM FERNANDO PRASS:
Você e Kardec eram os alicerces do time. Como será agora sem ele?
Passou, cara. Todo ano sai jogador, saiu Henrique, saíram outros, saiu Barcos. A maneira como aconteceu esta situação entre os clubes tornou um negócio mais midiático, mas para nós é normal. Perdemos um jogador importante, óbvio, mas isto é algo que acontece no futebol.
Alguns jogadores falaram em ‘sonho de criança’ por jogar no Maracanã. Comentaram com você?
Não, não, até porque eu não conheço o Maracanã novo. É a primeira vez que irei no estádio reformado. Ele ficou com o visual de fora praticamente o mesmo, mas dentro é quase que outro estádio.
Aquele clássico contra o Flamengo, em 2010, é seu melhor jogo?
Não sei se foi o melhor, mas foi um dos mais marcantes. Uma sequência de defesas é difícil em qualquer jogo, e sempre falo que se pudesse escolher um palco, o Maracanã seria perfeito, num Flamengo e Vasco, adversário perfeito, e um estádio lotado, já no fim do jogo. É algo que ficou muito marcado na minha memória.
Você tem alguma lembrança ruim no estádio?
(Pensativo) Tivemos derrotas na Série B, com o estádio lotado, mas na maioria das lembranças que tenho do Maracanã são excelentes.
Como foi esta conturbada semana para vocês no Palmeiras?
Time grande, de pressão, é assim. Tem uma vitória boa fora de casa, e todo mundo joga carga negativa na derrota, só se fala na derrota. Mas a gente sabe que é assim, aqui a cobrança é muito grande, e domingo temos de dar a resposta em campo.
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