Período passado em Atibaia serviu para consertar alguns problemas do time, mas não todos (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)
Na parada de dez dias que o Campeonato Brasileiro sofreu, o Palmeiras aproveitou para passar por um retiro na cidade de Atibaia, onde se hospedou em luxuoso hotel e treinou no local durante cinco dias consecutivos, visando corrigir problemas que ficaram escancarados na derrota pesada sofrida para o Vasco, dentro de casa. Voltando a campo na última quarta-feira, o empate em 3 a 3 com o Atlético Paranaense fora de casa conseguiu mostrar que, a concentração feita no interior paulista serviu para melhorar certos aspectos da equipe, ainda que nem todos os problemas tenham sido resolvidos.
Segundo dados do Footstats, o Verdão apresentou uma considerável melhora nas finalizações a gol que executou diante do Furacão, em relação ao revés por 2 a 0 sofrido para o Vasco. Além dos três gols marcados na partida mais recente, a equipe teve mais eficiência em acertar o alvo. De dez chutes, sete foram na direção da meta. Na derrota para os cariocas, foram apenas quatro finalizações certas e impressionantes 11 arremates para fora. Falta de precisão que custou caro na ocasião.
Apesar do desempenho nos chutes ter subido, o mesmo não se pode dizer de outros fundamentos, importantes para a criação de jogadas do time. Os cruzamentos, arma constantemente usada pela equipe de Marcelo Oliveira, seguem com um aproveitamento muito baixo – apesar de o time ter feito um dos gols neste tipo de jogada. Na partida da Arena da Baixada, foram só duas bolas cruzadas corretamente, enquanto 12 foram erradas. Só 14% de aproveitamento, taxa muito semelhante a do jogo contra o Vasco, quando o alviverde conseguiu 12% de acerto, com três cruzamentos certos e assustadoras 22 tentativas que não terminaram como deviam.
Nos lançamentos, novamente um rendimento muito abaixo do esperado. Se na partida em que foi superado pelo Cruz-Maltino, o Verdão só conseguiu 32% acerto, errando 25 vezes os passes de longa distância que tentou, contra o Atlético Paranaense a marca seguiu sendo insatisfatória, com exatamente a mesma porcentagem de acerto e o mesmo número de lançamentos errados executados em Curitiba.
As viradas de jogo que o Palmeiras pratica também não mostram ser uma alternativa bem usada pelo clube até o momento. Sete delas foram desperdiçadas contra o Vasco, e apenas uma encontrou um jogador de verde como destino. Contra o Furacão, a marca piorou: novamente só um acerto, e nove lances errados.
No sistema defensivo, Marcelo Oliveira terá novamente de quebrar a cabeça para superar as dificuldades. Contra o Atlético-PR, a equipe levou três gols, apresentou falhas na marcação nas laterais e na entrada da área, além do principal: a falta de atenção no terceiro gol do rival, em que toda a equipe parou em uma cobrança de falta.
Buscando melhorar o máximo possível para os jogos decisivos contra o Santos, na final da Copa do Brasil, antes o Verdão ainda terá como compromisso mais um jogo do Campeonato Brasileiro, onde poderá testar mais uma vez o que foi trabalho em Atibaia e tentará corrigir os números desfavoráveis na criação de jogadas, diante do Cruzeiro, dentro do Allianz Parque, no próximo sábado, dia 21 de novembro.
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