Ex-Palmeiras aterrorizou Borussia Dortmund e chocou turcos com 'beijo proibido'

20/11/2015 12:15

Ex-Palmeiras aterrorizou Borussia Dortmund e chocou turcos com 'beijo proibido'

Ex-Palmeiras aterrorizou Borussia Dortmund e chocou turcos com 'beijo proibido'

Kahê comemora gol do Palmeiras contra o Juventude, pelo Brasileirão de 2004



Quando o Palmeiras vendeu o atacante Vagner Love para o CSKA, da Rússia, em 2004, os torcedores alviverdes ficaram enfurecidos. A raiva, contudo, passou depois que Carlos Eduardo de Souza Floresta, o Kahê, então recém-contratado pela equipe palestrina, mostrou seu cartão de visitas: um golaço de "puxeta" na vitória por 2 a 1 contra o Paraná Clube e três na goleada por 4 a 1 sobre o Juventude, no Palestra Itália - tentos que colocaram a equipe na liderança do Campeonato Brasileiro.



Parecia que o "novo Love" havia chegado. Mas não foi bem assim...



Kahê não durou muito na Academia de Futebol. Com problemas contratuais com o Nacional-SP, clube em que se destacou ao marcar duas vezes contra o Palmeiras em um jogo treino (fato que lhe valeu sua contratação), acabou encostado por quase dois meses de maneira forçada pelo técnico Estavam Soares, e acabou perdendo depois a vaga de titular para Osmar, atacante que havia sido campeão da Copa do Brasil com o Santo André.



Mesmo sem ter conseguido manter a boa sequência inicial, Kahê só guarda boas memórias do ano de 2004, já que é palmeirense desde criança, assim como sua família.



"Jogar no Palmeiras foi muito marcante para mim, porque ia a vários jogos na infância, e o meu pai, José Carlos, é fanático até hoje. Na década de 90 eu ia sempre aos jogos, no time de 96 eu fui a todos os jogos do Paulistão no Parque Antarctica", contou o atacante, em entrevista ao ESPN.com.br, antes de recordar outro episódio que mostra seu fanatismo.



"Quando perdemos a final do Paulista de 92 para o São Paulo, chorei por vários dias. Eu tinha uma camisa que falava que era 'da sorte', disse que não ia torcer nunca mais e até queimei a coitada! Mas não teve jeito, passaram uns dias e voltei a torcer de novo (risos). Me identifico até hoje com a equipe", lembrou.



Foi em seus tempos de Palestra Itália que ele ganhou o apelido que o acompanha até hoje: "Shrek", em referência ao famoso ogro verde do cinema.



"Logo que eu cheguei, recebi o apelido de 'Shrek' por culpa do Diego Souza. Pegou depois que uns jornalistas escutaram o pessoal me chamando. Quando fiz gols, saíram matérias falando que eu era o 'Shrek', pelo fato dele ser da cor do Palmeiras, tudo combinou (risos). Eu curti bastante, carreguei o apelido até na Alemanha. Mas não temos nada em comum, nem me acho parecido. Sou bonito, pô! (risos)", brinca.



Atualmente, o centroavante de 33 anos está jogando pelo Oeste de Itápolis, equipe que disputa a elite do Paulista e a Série B do Brasileiro. Seu contrato vai até o final do próximo Estadual, e o objetivo é claro: voltar ao cenário do futebol nacional.



"Está sendo importante para me readaptar ao futebol brasileiro, e o grupo aqui é bacana. É bom, porque estou reaparecendo para o mundo da bola", frisa.



Aventuras pelo mundo



Em 2005, Kahê recebeu proposta para ser emprestado para a Ponte Preta e aceitou. Fez um bom Paulistão, mas se destacou especialmente no Campeonato Brasileiro, quando se encaixou bem na equipe montada pelo técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão.



Ao fim do primeiro turno, era vice-artilheiro do Nacional, com 12 gols, quando recebeu uma proposta irrecusável do Borussia Monchengladbach, da Alemanha. Sem pensar duas vezes, arrumou as malas e se mandou para a Bundesliga.



"Foi uma experiência muito bacana. Fiquei comendo um tempão as mesmas coisas, porque não sabia pedir nada (risos). Depois, tive um tradutor que me ajudou. O Élber [ex-atacante do Bayern], também me deu uma mão, me levava para comer arroz com feijão na casa dele. Estranhei o frio, era complicado", ressaltou.



Se hoje o M'gladbach é uma das potências do Alemão e disputa a Uefa Champions League, naqueles tempos a equipe não possuia o mesmo status, sendo um clube de meio de tabela. Isso não impediu Kahê de ter bons momentos de brilho, como quando decidiu um importante jogo contra o Borussia Dortmund.



"Nosso elenco tinha o Kasey Keller, o Marcell Jansen, o Oliver Neuville e Marko Marin como destaques. Meu maior momento foi quando fiz um gol no Dortmund, numa sexta, que nos deu a liderança provisória da Bundesliga. A imprensa falou muito de mim, apareci direto na TV. Depois, perdemos no final de semana a liderança (risos)", sorriu.





Kahê jogou dois anos no Monchengladbach



Na partida em questão, o brasileiro fez dupla de ataque com Neuville, então na seleção alemã, e anotou o tento da vitória em cima do goleiro Weidenfeller, aos 39 do primeiro tempo, para festa dos 53.531 torcedores que lotaram o Borussia-Park naquele 22 de setembro de 2006.



Após dois anos na Alemanha, Kahê recebeu boa proposta e foi se aventurar na Turquia, primeiro no Gençlerbirli?i, depois no Manisaspor. Fez sucesso em ambos, e ganhou o apelido de "babusch", ou "pai", que é como ele chamava seus companheiros, na famosa gíria boleira.



Acostumar-se à vida na Turquia e aos costumes islâmicos, porém, não foi tão fácil. Principalmente na sempre complicada questão do vestiário.



"Uma vez, tirei a roupa para entrar no chuveiro. Daí foi aquele alvoroço, os caras tampando os olhos e os turcos gritando ‘halálá' (risos). O tradutor falou depois que tinha que tomar banho de bermuda, tipo Big Brother Brasil (risos)", recorda.



O episódio mais engraçado, porém, aconteceu quando ele teve folga e foi viajar com sua esposa para Ancara, a capitão da Turquia. Na volta para casa, Kahê deitou no ombro de sua mulher e ganhou um simples cafuné. Depois, deu um "selinho" e dormiu.



Se ele soubesse a confusão que isso causaria...



"No outro dia fui treinar e o tradutor do clube veio falar comigo desesperado: ‘Fera, o que aconteceu no avião você com a sua mulher? Ligaram aqui no clube dizendo que você estava fazendo gestos obscenos no avião, não pode fazer isso aqui'. Daí eu tomei aquele puta susto, mas eu só tinha dado um 'selinho' (risos)!", contou.



"Daí ele me disse que não podia beijar em público de jeito nenhum. Eu segui, né, fazer o que? Só que tem uma coisa estranha: nessa cidade que eu joguei, o pessoal era super rigoroso, não podia fazer nada, nem dar 'selinho', mas na outra que morei, as mulheres andavam até de minissaia (risos)! Vai entender...", encerrou o matador.



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