Arouca é fundamental para o Palmeiras de Marcelo Oliveira. Saiba por quê

Marcelo Oliveira chegou na noite deste sábado, contra o Cruzeiro, à 36ª partida à frente do Palmeiras. Cinco meses depois de assumir o comando do time paulista, o treinador voltará a disputar uma final de Copa do Brasil na próxima quarta-feira. Pressionado, ele ganhou um reforço de peso: o volante Arouca, que atuou por 90 minutos no empate por 1 a 1 com a equipe mineira.



O bom desempenho do time de Marcelo passa pela presença de Arouca no time. Quando o volante está em campo, o aproveitamento do Palmeiras é de 60,3% -- são 21 jogos com o atual treinador alviverde, com 11 vitórias, cinco empates e cinco derrotas.



Sem Arouca, o Palmeiras conquista apenas 40% dos pontos disputados. A equipe entrou em campo 15 vezes nessa situação e ganhou seis vezes, com nove derrotas e nenhum empate.



Após a grave lesão do volante, ocorrida ainda no primeiro tempo da partida diante da Chapecoense, dia 4 de outubro, o time paulista viveu uma das fases mais complicadas da temporada. O Palmeiras perdeu cinco dos sete jogos disputados.



Durante o período em que o Arouca titular esteve fora, Marcelo escalou quatro jogadores na posição: Andrei Girotto, Matheus Sales, Thiago Santos e até Zé Roberto, mais recuado, como segundo volante.



Recuperação



Segundo Marcelo Oliveira, a ideia era que Arouca jogasse apenas um tempo da partida contra o Cruzeiro -- o volante já havia atuado por 29 minutos na partida diante do Atlético-PR, na última quarta-feira. O plano do técnico, porém, mudou durante o confronto com os mineiros.



"As circunstâncias do jogo fizeram com que ele participasse mais um pouco, pela qualidade dele. Consultei o jogador e ele falou que estava bem. Embora não seja um exímio marcador, é um jogador que sai bastante e ocupa bem os espaços", disse o treinador após o empate deste sábado.



Os números mostram bem como Arouca é importante para o ataque. Nos 21 jogos com Marcelo no banco e Arouca no campo, o Palmeiras marcou 45 gols, com média de 2,14. Sem o jogador, foram 18 gols em 15 confrontos (média de 1,2 gol). O desempenho defensivo é praticamente igual: 1,42 (30 gols em 21 jogos) contra 1,33 (20 gols em 15 partidas).



Após voltar a jogar uma partida completa pelo time do Palmeiras, o volante disse que sentiu o "cansaço normal do jogo" e garantiu que está pronto para a decisão contra o Santos, na Vila, na próxima quarta.



"O importante é que terminei o jogo bem, sem sentir a lesão. Eu não jogo sozinho, mas sei que posso contribuir. Me recuperei bem e estou à disposição. A equipe está ciente que pode fazer história. E só faz história quem é campeão", frisou o atleta.