'Uma pelada de quinta categoria', diz Noriega sobre Palmeiras x Cruzeiro

Comentarista destacou baixo nível técnico da partida no segundo tempo. Roger Flores critica falta de "ousadia" de Mano Menezes nas substituições

Palmeiras e Cruzeiro ficaram no 1 a 1 na arena do clube alviverde (Foto: Marcos Ribolli)



Em jogo único neste último sábado pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Cruzeiro ficaram no empate por 1 a 1 na arena alviverde, resultado ruim para os dois clubes. O ponto único somado por ambos os deixa praticamente sem quaisquer chances de alcançar uma vaga na Libertadores pela competição. Os comentaristas Maurício Noriega e Roger Flores criticaram a apresentação das duas equipes principalmente no segundo tempo.



- No segundo tempo foi uma pelada de quinta categoria, dos piores jogos que transmiti no Campeonato Brasileiro no segundo tempo, só chutão. Animado, mas isso lá no meu clube também tem, mas às vezes é melhor do que esse segundo tempo - afirmou Noriega.



Com a decisão da Copa do Brasil na próxima quarta-feira, o técnico palmeirense Marcelo Oliveira mandou a campo um time quase todo de reservas, à exceção do goleiro Fernando Prass e do volante Arouca. O ex-jogador Roger Flores ressaltou o foco no jogo com o Santos, mas lembrou que as entradas de Gabriel Jesus e Lucas Barrios mostraram a preocupação do técnico em não perder em casa.



- Achei que o Palmeiras colocou aquilo que deveria colocar para poupar seus jogadores titulares para um jogo muito mais importante na quarta-feira. Abriu mão do Campeonato Brasileiro com 1% de chance de chegar à Libertadores. Mas ninguém gosta de perder, principalmente em casa, e o Marcelo (Oliveira) entendeu isso, que o time fez um péssimo primeiro tempo. Depois dos dez primeiros minutos, o Palmeiras deixou de jogar, muito chutão, ligação direta, e o Cruzeiro trabalhando bem a bola no campo ofensivo.



Aos 12 minutos do segundo tempo, (o técnico do Palmeiras) colocou os jogadores mais importantes, o Gabriel (jesus) e o Lucas Barrios, um deles fez o gol de empate e o jogo ficou muito igual no segundo tempo, igual nivelado por baixo. O Cruzeiro deixou de jogar futebol e o Palmeiras não cresceu tanto assim o seu rendimento. O jogo foi brigado, disputado, mas de baixíssima qualidade técnica, principalmente no segundo tempo.



O Cruzeiro saiu na frente no jogo aos 20 minutos do primeiro tempo. O meia-atacante Marcos Vinícius dominou a bola, driblou o lateral-direito João Pedro e finalizou no canto de Fernando Prass. O empate palmeirense veio aos 25 minutos da etapa final, quando Barrios recebeu cruzamento de Egídio e cabeceou no ângulo esquerdo de Fábio.



- A postura do Cruzeiro no segundo tempo que me chamou a atenção, porque se acredita numa possibilidade de buscar nas últimas rodadas a classificação, essa tirada de pé que deu no segundo tempo não tem muita explicação. O Palmeiras teve vontade só, foi um time desorganizado - avaliou Noriega.



Segundo Roger Flores, Mano Menezes não foi ousado nas substituições e não permitiu ao Cruzeiro criar mais chances de vencer a partida fora de casa.



- Apesar do trabalho brilhante do Mano no Cruzeiro, achei que ele errou nas substituições no segundo tempo. A entrada do Alisson tudo bem, a entrada do Leandro Damião era necessária, mas ele deixou sempre os três volantes em campo, empatando por 1 a 1 e sabendo que tiraria todas as chances de classificação.



Ele poderia ousar um pouco mais nas substituições no segundo tempo, colocar o Cruzeiro mais para frente com três meias encostando no Damião. Era tudo ou nada e ele não apostou nisso, fez substituições conservadoras e o Cruzeiro não criou possibilidades de vencer o jogo e nem saiu da apatia que tomou conta no segundo tempo.



O Palmeiras volta a jogar no próximo domingo, quando recebe o Coritiba também na arena. Com 50 pontos, a equipe paulista ocupa a nona posição, mas ainda pode cair duas colocações neste domingo. O Cruzeiro, com 52 pontos, é o sétimo na classificação, e no domingo recebe o Joinville no Mineirão.





Palmeiras e Cruzeiro têm chances remotas de conseguir uma vaga no G-4 do Brasileiro (Foto: Marcos Ribolli)