Betinho atualmente joga no Paysandu
(Foto: Samara Miranda/GloboEsporte.com)
Passava um pouco dos 20 minutos do segundo tempo no Couto Pereira, em Curitiba, naquela noite de 11 de julho de 2012. O Coritiba vencia por 1 a 0 e incendiava o jogo em busca do segundo gol, mas o atacante Betinho foi quem roubou a cena, empatou a partida e garantiu o título da Copa do Brasil para o Palmeiras.
Pouco mais de três anos depois, o Verdão volta a disputar a final contra o Santos. O primeiro jogo é nesta quarta, às 22h, na Vila Belmiro. O jogo de volta será quarta que vem, no mesmo horário, na arena palmeirense. O atacante, que seguiu outros caminhos e não teve mais oportunidades em equipes de ponta, está longe, mas segue na torcida e aposta em título para o Verdão.
– Aquele título significou muito para mim. Até hoje sou lembrado por esse gol. A minha aposta para esse ano é pelo Palmeiras, mas sei que vai ser apertado. O Santos está muito bem e vem de uma sequência boa. Tem o Ricardo (Oliveira), o Lucas Lima, o Gabriel... Vão ser dois jogos equilibrados, mas acredito na vitória do Palmeiras – declarou o atacante.
Coruripe, Horizonte e Paraná foram os três primeiros adversários do Palmeiras na Copa do Brasil de 2012. Betinho, anunciado como reforço alviverde em 12 de maio daquele ano, só estrearia contra o Atlético-PR, já nas quartas de final. Em seguida, o Verdão enfrentou o Grêmio, mas o atual jogador do Papão não conseguia balançar as redes, o que só aconteceu uma única vez na competição, exatamente no segundo jogo da final.
– Das quartas em diante todos os adversários foram complicados. Pegamos o Atlético-PR com um time forte e o Grêmio também, mas a final mesmo foi contra o Coxa. No primeiro jogo, eles tiveram muitas chances de gols, mas não conseguiram concluir e nós fomos eficientes. Lembro que eu sofri o primeiro pênalti, depois veio o segundo gol e controlamos muito a partida. No segundo jogo, fomos com o regulamento debaixo do braço mesmo com aquela pressão no Couto Pereira, a torcida deles fez uma festa muito bonita, mas tive a felicidade de fazer o gol e aí ficou difícil para eles – pontua.

Betinho passou apenas oito meses no Palmeiras e marcou gol histórico (Foto: Cesar Greco / Agência Estado)
Aos 28 anos e disputando a Série B pelo Paysandu – já marcou seis gols em sete partidas –, Betinho relembra com carinho dos oito meses no time paulista, onde foi comandado por Luiz Felipe Scolari e teve como companheiro de equipe o chileno Valdívia. O jogador não poupa elogios ao Mago e afirma que o time palmeirense reagiu tarde demais para evitar o rebaixamento à Série B do Brasileiro naquele ano.
– O Valdivia é diferente, realmente. Hoje, atuando aqui no Brasil, só vejo o Ganso e o Lucas Lima no mesmo nível. Além dele, tínhamos o Felipão no banco, um cara que pode parecer ‘carrancudo’ para a imprensa, mas na verdade é um paizão. Quando eu cheguei, tivemos uma conversa na sala dele. Ele me passou total confiança para desenvolver o meu futebol. Foi maravilhoso, apesar do rebaixamento. No Brasileiro de pontos corridos é necessário manter uma regularidade e quando vimos era tarde – lamenta.
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