Análise: o que o Palmeiras precisa fazer para vencer a Copa do Brasil

Bola no chão, concentração defensiva e controle emocional: as armas que podem levar o Verdão ao título contra o Santos, nesta quarta-feira, no estádio palmeirense

Time do Palmeiras decide em casa a Copa do Brasil (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



A penúltima partida do Palmeiras em 2015 será "o jogo do ano". Pelo menos esse tem sido o discurso dos jogadores no dia a dia da Academia de Futebol nas últimas semanas. Nesta quarta-feira, o Verdão entra em campo para enfrentar o Santos, decidir o título da Copa do Brasil e fazer valer a grande reformulação iniciada pelo clube em dezembro do ano passado.



Mas, para atingir o objetivo e inverter a vantagem alvinegra - o Peixe venceu o jogo de ida por 1 a 0 -, o time do técnico Marcelo Oliveira precisa acertar a defesa e melhorar a produção ofensiva. Pelo menos o apoio da torcida é certeza - os ingressos para a segunda decisão foram esgotados no início da semana passada, e a expectativa é de público próximo a 40 mil pessoas.



Veja o que o Palmeiras precisa fazer para vencer o Santos por dois ou mais gols de diferença e conquistar a Copa do Brasil:



fechar a defesa





A defesa do Palmeiras chegou a ficar entre as melhores do Campeonato Brasileiro, logo depois que Marcelo Oliveira assumiu o comando da equipe. Mas, com as constantes mudanças entre os volantes, e a queda de produção dos zagueiros, o setor passou a ser a maior dor de cabeça da comissão técnica. Tanto que a equipe sofre gols há 17 partidas consecutivas. A última vez que o time passou sem ser vazado foi no dia 12 de setembro, na vitória por 2 a 0 sobre o Figueirense, em casa. Jogadores e o próprio treinador falam em "gols evitáveis" e desatenção, tudo o que o Verdão não pode sofrer contra o Santos nesta quarta-feira.



SAÍDA DE BOLA





Um problema que tem incomodado jogadores e torcedores é a saída de jogo. Com poucas alternativas de criatividade no setor de armação - Cleiton Xavier está fora da equipe desde o dia 19 de agosto -, os palmeirenses vêm abusando da ligação direta entre zaga e ataque. O assunto já foi abordado diversas vezes entre os atletas e ainda é trabalhado no dia a dia da Academia de Futebol. O retorno de Arouca dá mais qualidade ao meio de campo alviverde e deve ser um grande aliado da equipe.



não ao chuveirinho





No sufoco, joga a bola na área. A tática popular em qualquer campinho de futebol virou uma das principais apostas do Palmeiras, principalmente nos momentos em que está atrás no marcador. Com um ataque rápido e de bom toque de bola, com Gabriel Jesus, Robinho, Arouca e Dudu, os alviverdes se cobram por mais variações e não depender apenas do recurso da bola aérea. Foi com a bola no chão que o Verdão criou as melhores chances contra o Santos.



controlar o nervosismo





Provocação, discussão, empurrões, acusações... Não faltam ingredientes para apimentar ainda mais o último encontro entre palmeirenses e santistas na temporada. O primeiro confronto da final, disputado na Vila Belmiro na semana passada, foi um dos mais nervosos clássicos entre Verdão e Peixe em 2015. No fim da partida, Lucas acertou Lucas Limas com uma bolada após o meia tocar com a mão em seu rosto e acabou expulso. Na saída de campo, mais confusão até o caminho para o vestiário. Durante a semana, o discurso no Palmeiras foi de saber controlar o nervosismo para não aumentar ainda mais a pressão para o lado alviverde.



ATENÇÃO AOS CONTRA-ATAQUES





Palmeiras e Santos já se enfrentaram seis vezes em 2015. E em todos os jogos a equipe alviverde teve dificuldade para segurar o rápido ataque santista pelas duas laterais. Com Zé Roberto na esquerda, o Verdão ganha em qualidade no passe, mas perde em consistência defensiva. No fim do primeiro jogo da final, Dorival Júnior chegou a colocar Lucas Lima como um ponta direita, deixando Victor Ferraz pelo meio, explorando justamente a fragilidade do setor palmeirense. Foi por ali que Gabriel fez boa jogada individual e marcou o único gol da partida.

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