Palmeiras e Santos, uma final de escolhas

2/12/2015 12:45

Palmeiras e Santos, uma final de escolhas

Você já parou para pensar que o que faz o futebol tão apaixonante e popular é o erro?



Ganha quem erra menos. Perde quem erra mais. Sempre assim, mesmo quando um time muito pior enfrenta um muito melhor. Quando o brilho individual se destaca, espera-se que o craque faça o que o consagrou: erre menos. Quando o coletivo se sobrepõe, espera-se que a unidade dos 11 em campo neutralize o outro lado.



É o único esporte em que você pode ganhar sendo pior ou perder sendo melhor.



O Santos é melhor que o Palmeiras como time. O Palmeiras é melhor que o Santos como competidor. Mas hoje, às 22h, o que definirá o campeão da primeira final paulista da Copa do Brasil não será esse juízo de valor. Será quem errar menos.



No futebol, erros são frutos da consequência dessas escolhas. Amado e odiado, o técnico decide, mas não prevê o futuro. Ele dá o tom, mas não sabe a música. O time pode reagir de forma brilhante a uma decisão que desagrada, assim como pode fracassar com uma decisão tida como boa. O que define o sucesso ou fracasso de uma equipe é o modo como ela lida com as consequências de suas escolhas.



Tome como exemplo esse lance. Marcelo Oliveira decidiu usar encaixes individuais na defesa do Palmeiras: o famoso “cada um pega o seu” de peladas Brasil afora. Mas Mas Gabriel aparece livre pelo centro (amarelo) e seu marcador, Zé Roberto, está ocupado com outro jogador. Nesse caso, a decisão pelo encaixe individual não é a razão do time marcar mal, mas sim o modo como a equipe lida com ela: a lentidão ao recompor, a indecisão entre quem pega quem - basta ver Arouca levantando a mão, um ato de “deixa ele comigo” que não funcionará.





Outro exemplo é quando Kelvin entrou no lugar de Gabriel Jesus e o Palmeiras passou a atacar um pouco mais pelo lado esquerdo. Apesar da defesa do Santos estar postada na área, não permitindo espaço para os palmeirenses que ali chegam, a imagem pode se desmanchar de Kelvin, rápido e driblador, passar de Renato. Tudo se desarticula em um único movimento, apesar de aparentemente o gol de Vanderlei estar bem protegido.





São essas escolhas e suas consequências, tomadas a cada segundo pelos jogadores, técnicos e torcedores, que definirão a final de hoje num Allianz abarrotado, que vê o Santos com a vantagem, mas sem o favoritismo.



Em clássico tudo pode acontecer.


4473 visitas - Fonte: Globo Esporte

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