Kleina
(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
O técnico Gilson Kleina ainda não corre grande risco de ser demitido do Palmeiras. Mais pressionado após as duas derrotas consecutivas para Fluminense e Flamengo, pelo Brasileirão, o comandante é questionado desde a semana passada, quando membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) pediram a sua queda ao presidente Paulo Nobre. Mesmo assim, ele e o diretor-executivo José Carlos Brunoro não pensam em trocar de treinador agora.
O quadro, porém, pode mudar em caso de novos tropeços. A começar pelo confronto com o Sampaio Corrêa, nesta quarta-feira, em São Luis, pela segunda fase da Copa do Brasil. A semana, aliás, pode ser decisiva para o futuro de Kleina no Verdão, que também enfrenta o Goiás, sábado, pela quarta rodada do Brasileirão. Para complicar a situação do técnico, a grave lesão de Fernando Prass foi confirmada e o goleiro só tem previsão de retorno para agosto.
Sentindo a pressão aumentar, Kleina também fará cobranças. O comandante sabe que corre risco de cair. Por isso, ele novamente pedirá reforços. O treinador está irritado com o fato de a culpa recair sobre seu trabalho, mesmo depois de perder jogadores como Henrique, zagueiro titular e antigo capitão vendido ao Napoli, e Alan Kardec, negociado com o rival São Paulo. Até Márcio Araújo, autor do segundo gol da vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, é lembrado. O técnico sempre gostou do futebol do volante, tanto que ele foi titular na campanha da conquista da Série B.
Na reunião desta segunda-feira à tarde, na Academia de Futebol, Kleina, o gerente de futebol Omar Feitosa e Brunoro conversarão sobre quais atitudes serão necessárias para fazer o time voltar a render. O encontro um dia após os jogos é de praxe no Palmeiras.
Porém, o treino desta segunda, que seria aberto à imprensa, foi fechado. O técnico quer a contratação de mais um lateral-direito e de um centroavante vitorioso. Recentemente, apenas Henrique, ex-Portuguesa, foi acertado, mas ele seria reserva de Kardec e teve de virar solução de última hora. A chegada de um novo zagueiro também não está descartada.
Membros do COF dizem que o time não tem padrão tático e criticam o trabalho de Kleina. Apesar disso, os jogadores defendem e isentam o treinador de culpa pelo momento ruim. O diagnóstico é de que os próprios atletas precisam assumir a responsabilidade e render mais.
Atualmente, Kleina tem salário de R$ 200 mil mensais. Mas com o sistema de bônus por produtividade oferecido pela diretoria, ele pode receber até o dobro disso por mês: R$ 400 mil. Uma eventual demissão do treinador implicará na seguinte cláusula de rescisão estabelecida entre as partes: o Palmeiras precisará pagar a ele o equivalente a dois salários como multa - a não ser que o técnico arrume outro clube nesse período de 60 dias.
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