Após três rodadas no Brasileirão, o torcedor do Palmeiras começa a colocar as barbas de molho, preocupado que está com o fracasso do time na competição. Entenda-se por fracasso a queda para a Série B. Seria a volta ao fundo do poço. O palmeirense não suportaria tamanha decepção. Com duas derrotas seguidas para Fluminense e Flamengo, e uma vitória suada e nos minutos finais contra o Criciúma, o Palmeiras mostra fragilidade em todos os seus setores.
A defesa joga mal e se perde na marcação, com bem pouca inteligência em campo. Isso é o que mais incomoda o palmeirense, essa falta de gente inteligente no time. Os laterais são limitados, bastante limitados. Os meias tocam fácil para trás e se perdem nesse mesmo fundamento quando o jogo é pra frente. E os atacantes são engolidos pela marcação, vivem de lampejos. O Palmeiras não tem jogadas, uma triste realidade.
Esse trabalho passa pelas mãos do técnico Gilson Kleina. Ele é o chefe e o responsável em fazer o time jogar. Não consegue. É fundamental que seu relacionamento com os jogadores seja bom, de respeito e cumplicidade. Claro. Ocorre que somente isso não é suficiente para fazer do Palmeiras uma equipe competitiva. E todo mundo sabe que o Palmeiras precisa ganhar jogos, jogar bem e beliscar alguma coisinha no ano de seu centenário.
O elenco tem pouco qualidade e alguns atletas não têm qualidade nenhuma. Não há o que esperar deles. Há ainda os azarados, como o goleiro Bruno, que está sempre envolvido nas grandes derrotas. Uma sina. A diretoria deixou Kardec ir embora e fica pagando salários altos para jogadores medianos, que ajudam pouco o treinador.
Contratar apenas não é suficiente, até porque o Palmeiras não tem contratado jogador que chegue e vista a camisa com a alguma intimidade. Geralmente esse reforço precisa de tempo para se adaptar, e aí talvez já seja tarde demais para o Palmeiras. A lebre é levantada na terceira rodada, com tempo mais que suficiente para ajeitar o time. Só depende da diretoria.
3849 visitas - Fonte: Estadão