Brasileiro 2015 Flamengo São Paulo Guerrero
Guerrero foi "Bola de Prata" em 2014, pelo Corinthians
Corinthians, Atlético Mineiro e Grêmio não monopolizaram somente as três primeiras posições na tabela do Campeonato Brasileiro, mas também toda a seleção do Bola de Prata. Do goleiro ao centroavante, nenhuma outra equipe conseguiu emplacar jogador algum entre os 11 melhores, e isso significa duas coisas: que esta é a premiação mais restrita da história, e que o estado do Rio de Janeiro vai para seu segundo ano seguido sem representantes.
A premiação do Bola de Prata existe desde 1970 e em nenhuma das 45 edições anteriores tão poucas equipes formaram a seleção dos melhores do Brasileiro. Marcelo Grohe, Rafael Galhardo, Geromel e Luan do Grêmio; Douglas Costa, Rafael Carioca e Lucas Pratto do Atlético Mineiro; Gil, Elias, Jadson e Renato Augusto do campeão Corinthians. Somente três clubes numa competição entre 20.
A temporada de 2015, portanto, quebra o recorde de 1994 e 1999. Naquelas ocasiões, quatro agremiações formaram o time ideal da Série A.
Quando Palmeiras e Corinthians disputaram a final de 21 anos atrás, e os alviverdes levaram a melhor, os premiados foram: Ronaldo (COR), Pavão (SP), Cléber (PAL), Jorge Luiz (GUA), Roberto Carlos (PAL), Zé Elias (COR), Zinho (PAL), Rivaldo (PAL), Amoroso (GUA), Marcelinho Carioca (COR) e Luizão (GUA).
Já em 1999, quando o alvinegro paulista conseguiu levar a melhor sobre o Atlético Mineiro na decisão, os melhores foram: Dida (COR), Bruno (CAM), Roque Júnior (PAL), Cláudio Caçapa (CAM), Leandro (VIT), Rincón (COR), Vampeta (COR), Belletti (CAM), Marcelinho Carioca (COR), Marques (CAM) e Guilherme (CAM).
Por outro lado, o extremo oposto aconteceu logo na terceira edição do Bola de Prata. Em 1972, foram onze escolhidos de dez clubes diferentes, recorde que se mantém. Entre Aranha (REM), Figueroa (INT), Beto Bacamarte (GRE), Marinho Chagas (BOT), Piazza (CRU), Zé Roberto (CFC), Osni (VIT), Alberi (ABC) e Paulo César Caju (FLA), o único que conseguiu emplacar mais de um nome foi o Palmeiras, com Leão e Ademir da Guia.
Não se pode dizer, porém, que existe uma tendência para a "restrição" da premiação para cada vez menos equipes por temporada. Em 2011, por exemplo, a seleção teve jogadores de nove times distintos, apenas um a menos do que o recorde.
RIO DE JANEIRO DE FORA
Outro fato notável, e raro, nesta edição do Bola de Prata é a ausência pelo segundo ano consecutivo de qualquer clube do Rio de Janeiro. Presenças constantes na premiação, os cariocas viram um dos seus jogadores entre os onze melhores pela última vez em 2013, quando Elias, defendendo o Flamengo na época, ganhou entre os volantes.
Ao menos, a esperança é que o ano de 2016 seja melhor e reserve uma vaga que seja para Flamengo, Fluminense e Botafogo, já que dois anos de ausência foi o máximo que o estado amargou: Em 1993 e 1994, e em 1998 e 1999.
Esta será apenas a oitava das 46 seleções do Bola de Prata que não terá nenhum jogador dos clubes do Rio (1986, 1993, 1994, 1996, 1998, 1999, 2014 e 2015). O único estado com menos ausências é São Paulo, que ficou da fora da primeira premiação, em 1970, depois em 1986, 1987, e em 2013.
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