Régis no Palmeiras: mais chances em 2016? (Foto: Fabio Menotti/ Ag.Palmeiras/ Divulgação)
Tal qual o início dos preparativos para a temporada passada, o Palmeiras já começou a todo vapor no mercado de transferências para o ano de 2016. Para a função de criação do meio-campo, a diretoria apostou em Régis.
O meia do Sport, de 23 anos, chega para disputar posição com nomes como Cleiton Xavier, Allione e Robinho. Acontece que os dois primeiros pouco atuaram em 2015, pois conviveram com lesões. Robinho acabou sendo mais aproveitado como homem mais adiantado e rendeu bem.
O Espião Estatístico avaliou o desempenho de Robinho e Régis para mostrar, no comparativo, o que o torcedor palmeirense pode esperar do novo reforço. Pode ser até que os dois atuem juntos, já que Robinho está acostumado a atuar também como segundo volante. Mas, como as funções foram mais parecidas ao longo de 2015, cabe comparação.
ROBINHO: COMPLETO, POLIVALENTE
Robinho é um meia mais completo, pode atuar em qualquer setor do meio-campo. Preenche mais os espaços, dá combate, volta para marcar. Mas sabe se apresentar à frente. Marcou três gols no Brasileirão e ainda deu seis assistências para seus companheiros. Destro, acabou jogando mais pelo lado direito.
Deste lado, fez 97 cruzamentos para os companheiros, que foram bem no quesito jogo aéreo no Brasileirão. É um jogador que se encaixou bem no time de Marcelo Oliveira e, em geral, melhorou a consistência e a produção do meio quando esteve em campo.
Por dominar as principais funções de uma meio-campista, Robinho transita melhor pelos setores e tem confiança para arriscar chutes dos mais variados lugares. Já finalizou da ponta esquerda, do meio-campo, da intermediária esquerda... Mas já foi até a pequena área para balançar as redes, mostrando que pode ser bom elemento surpresa, se necessário.
RÉGIS: CAMISA 10, MAIS AGUDO
Régis tem um perfil pensador, de camisa 10. Costuma atuar pelo centro do meio-campo e tem tendência, por ser canhoto, a levar as jogadas para a perna esquerda. Como o gráfico acima sugere, chuta mais com seu pé preferencial. Invadiu a área nos três gols que marcou, mostrando que tem força de chegada. Deu ainda duas assistências para gols.
A desvantagem de Régis reside nos minutos em campo. O meia não jogou uma partida inteira sequer no Campeonato Brasileiro. Foi reserva em 30 jogos, mas não porque estivesse jogando mal. A boa fase da dupla Diego Souza-Marlone o deixou de fora da maioria das partidas. Ainda assim, entrou no decorrer de 21 partidas e, no total, jogou mais jogos que Robinho: 26 a 25. Resta saber se conseguirá sequência suficiente para desenvolver seu potencial no Palmeiras.
*Participou com gol, assistência ou lance imediatamente anterior à assistência
Sem considerar o Brasileirão, Régis marcou mais cinco gols no ano, na Copa do Brasil (3), na Copa do Nordeste (1) e no Campeonato Pernambucano (1). Sobretudo no primeiro semestre, foi titular em 15 jogos nestas competições. Coincidentemente, antes da transferência de Marlone do Fluminense para o Sport.
A chance de buscar seu espaço em definitivo é agora, no Palmeiras, aproveitando que Cleiton Xavier e Allione, concorrentes de características semelhantes, não são titulares absolutos. Será a hora de Régis?
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Marques, Davi Monteiro, Guilherme Marçal, Gustavo Pereira, Igor Gonçalves, Leandro Silva e Valmir Storti.
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