Presidente do Palmeiras faz balanço do ano, fala de reforços, da folha salarial e dos R$ 97 milhões que o clube lhe deve

21/12/2015 14:57

Presidente do Palmeiras faz balanço do ano, fala de reforços, da folha salarial e dos R$ 97 milhões que o clube lhe deve

 Presidente do Palmeiras faz balanço do ano, fala de reforços, da folha salarial e dos R$ 97 milhões que o clube lhe deve

Paulo Nobre assumiu a presidência do Palmeiras no início da temporada de 2013



O título da Copa do Brasil mudou o status do presidente Paulo Nobre com o torcedor palmeirense. Sempre que encontra algum alviverde pelas ruas, o dirigente recebe tapinhas nas costas e um agradecimento pela conquista. Na sequência, a cobrança: qual reforço o presidente está preparando como presente de Natal? “Eu respondo que o presente já chegou: é o título da Copa do Brasil e a vaga na Libertadores da América do ano que vem”, explica o dirigente.



Em entrevista ao Blog, ele garante que não pretende elevar em mais de 10% a atual folha salarial, de quase R$ 7 milhões mensais. Em sua última temporada como presidente — a eleição de seu sucessor ocorre no fim de 2016 —, Nobre também falou sobre a suposta oferta por Lucas Lima, a chance de contratar Jean, do Fluminense, a situação de Rafael Marques…



BLOG_ Qual foi seu maior acerto em quase três anos como presidente?

PAULO NOBRE_
Deixar a torcida muito, muito, muito feliz. A alegria do palmeirense em ver que seu time voltou a ser o Palmeiras dá uma satisfação enorme, porque eu sou um desses palmeirenses. Todos nos merecíamos reviver tudo isso que está acontecendo.



O senhor se refere à alegria pelo título da Copa do Brasil?

Com certeza. A festa do torcedor no estádio foi maravilhosa. Eu mesmo fui dormir às 9h30 da manhã.



Do que se arrepende como presidente?

(Pensativo) Arrepender? De nada. Eu tenho a convicção de que aprendi com os erros que cometi. E prefiro muito mais ter errado e aprendido para não cometer falhas de novo do que repetir um erro talvez em uma outra situação.



Faria algo diferente?

Com certeza absoluta. É o que eu sempre falo: gostaria de ter a experiência de hoje voltando para o tempo de adolescente. Claro que, sabendo do resultado, de tudo o que aconteceu em 2014, eu faria diferente em uma série de situações.



A contratação do José Carlos Brunoro como CEO em 2013 foi um dos seus erros?

O Brunoro foi fundamental na nossa reformulação. A situação do Palmeiras era pré-falimentar, com o time na Segunda Divisão. E quando é preciso tomar um remédio amargo, não tem jeito. Até porque uma torcida gigante como a do Palmeiras não joga sozinha. Então, fizemos um trabalho de reestruturação gigante.



O senhor se frustrou por ter concluído o primeiro mandato com título apenas na Série B?

Eu entendo que o torcedor tenha se frustrado. Entendo perfeitamente, porque ele quer um time brigando para ser campeão. Mas, na minha visão, era preciso um clube estruturado para fazer investimentos, andar com as próprias pernas… E fiquei muito feliz de, no primeiro ano do segundo mandato, ter começado a colher aquilo que se plantou.



O Palmeiras vai comprar o Rafael Marques do Henan Jianye, da China?

Eu gostaria muito que ele ficasse. Agora a bola está com os chineses. O Palmeiras fez a proposta que pode, dentro da responsabilidade financeira que pauta a nossa administração. Os dados estão lançados.



Poucos clubes têm contratado tanto quanto o Palmeiras. Dá para imaginar um presente de Natal, como o Conca ou o Everton Ribeiro?

O presente de Natal dos Palmeiras já chegou antecipado. Foi o título da Copa do Brasil.



Mas e os reforços?

Estamos bem atentos ao mercado, para poder contratar pontualmente jogadores que tornem o elenco de 2016 ainda mais forte e competitivo na comparação com o de 2015.



Diante dos nomes especulados, dá para imaginar uma folha salarial bem maior no próximo ano?

Não dá para aumentar mais do que 10% da folha. Passando disso, começa a sair das possibilidades de o Palmeiras andar com as próprias pernas. De 2014 para 2015, tivemos folhas bem parecidas. A atual é apenas 10% maior que a do time que quase foi rebaixado.



Qual a realidade financeira do Palmeiras hoje?

O Palmeiras está com as contas equacionadas, o que não significa que o clube está nadando em dinheiro, ficou milionário ou que pode contratar quem quiser. Tem muitas dívidas, mas todas elas estão equacionadas. Isso permite que a gente consiga planejar o futuro, como fez ao longo do segundo semestre inteiro de 2015.



O Jean, volante do Fluminense, está contratado?

Nos três anos como presidente, sempre adotei uma filosofia: não comento contratação em curso. Só aquela concretizada. Até porque há muita especulação. Durante esse tempo, já disseram que o Eto’o estava contratado pelo Palmeiras, assim como o Pirlo e o Drogba.



Mas o Jean faz parte da realidade do Palmeiras, não?

Tem vários grandes jogadores que todos os clubes do Brasil querem contratar.



Há alguma verdade no interesse do Palmeiras pelo Lucas Lima, do Santos?

Se essa história tivesse aparecido em 2013, eu teria ficado desesperado, ligaria na hora para o Modesto Roma (presidente do Santos) para desmentir. Hoje, dou risada. Se não saiu da minha boca ou da boca do Alexandre Mattos, não existe.



Na véspera da final da Copa do Brasil, o Pato disse que torceria pelo Palmeiras, por simpatia ao senhor. Como recebeu essas palavras?

Ele é um baita jogador e o Palmeiras está marcado na história dele, porque sua estreia foi justamente contra nós, em pleno Palestra Itália, com 17 anos. Tenho o mesmo respeito que ele demonstrou por mim, mas não existe absolutamente nada. Para o mercado brasileiro, é difícil ter bala para adquiri-lo e para mantê-lo.



É verdade que o senhor cresceu sonhando em virar presidente do Palmeiras?

Meu primeiro sonho, para ser bem honesto, era o de virar centroavante do Palmeiras. Daqueles camisa 9 que marcavam o gol do título, como o Evair, de quem sou muito fã. Aí, depois que eu encerrasse a carreira, pensava em virar presidente do clube.



Seu mandato termina em um ano e não há possibilidade de uma nova reeleição. Pensa em voltar a presidir o Palmeiras no futuro?

O futuro a Deus pertence mas não é esse o meu objetivo. Vou estar sempre à disposição do Palmeiras.



Gostaria de ser lembrado no futuro como o presidente que colocou as contas do Palmeiras em ordem?

Não me preocupo em como serei lembrado. Minha maior preocupação é deixar o Palmeiras melhor do que aquele que encontrei. Quero sentir que dei alguma contribuição. E tem outra: quem tem de ser lembrado é o jogador, no caso o Robinho, que marcou um golaço, ou o Dudu que fez dois na finalíssima…



O senhor foi avalista de mais de R$ 180 milhões em empréstimos para o Palmeiras. Teme não receber?

Nem um pouco. Tenho certeza absoluta de que o Palmeiras vai pagar tudo, porque se trata de um clube sério. O compromisso vai ser honrado, independentemente de quem for o presidente do clube.



Mas de onde vem tamanha convicção?

Da maneira como o acordo foi estruturado. No segundo semestre deste ano, por exemplo, houve um problema de fluxo de caixa e eu sugeri para atrasarem o meu pagamento. Disse que pagassem no mês seguinte e responderam assim: “O senhor não tem ingerência sobre isso. Se quiser, receba o dinheiro e aporte de novo no clube”. Esses 10% sobre o faturamento não têm como atrasar.



De acordo com o COF, hoje a dívida é de aproximadamente R$ 97 milhões. Em quanto tempo devolverão o dinheiro?

O que eu posso garantir ao palmeirense é que vai ser pago no seu devido tempo. E sem prejudicar as futuras administrações do Palmeiras.



A relação do Palmeiras com Crefisa e FAM ficou ruim nos últimos dias, porque eles não foram convidados para a festa do título da Copa do Brasil e chiaram contra o lançamento de uma camisa retrô?

Sou muito agradecido a todos os patrocinadores que possibilitaram ao Palmeiras viver este momento. Eles acreditaram no Palmeiras mesmo depois de um 2014 dificílimo, depois de um relatório de um banco dizendo que o Palmeiras estava entre os piores clubes para se investir em 2015…



Mas e a briga entre vocês?

Essas questão têm de ser resolvidas entre o patrocinador e o patrocinado. E esses parceiros acreditaram na gestão. A partir deles, passamos a disputar e contratar grandes jogadores, fizemos bombar o sócio-torcedor, fortalecemos o elenco, gerando estádio lotado. Sou grato a todos.



O Palmeiras fechou novembro com R$ 2,7 milhões no azul. Será que em 2015, depois de muitos anos, o clube terminará uma temporada com

superávit?


Acredito que sim. Sei muito sobre regime de caixa, mas essa parte de contabilidade, eu deixo para outra pessoa falar. De qualquer forma, os números foram bons e é a tendência.



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26151 visitas - Fonte: Blog do Jorge Nicola

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