Reformulação garante título e ídolos ao Palmeiras em 2015

31/12/2015 10:18

Reformulação garante título e ídolos ao Palmeiras em 2015

Reformulação garante título e ídolos ao Palmeiras em 2015

Após quase ser rebaixado no Campeonato Brasileiro de 2014, Paulo Nobre garantiu que seu segundo biênio como presidente do Palmeiras seria totalmente diferente.



Cumpriu sua promessa. O departamento de futebol se reformulou completamente, incluindo diretoria, comissão técnica, jogadores e até estrutura física. Até a camisa, antes sem patrocinadores, passou a valer R$ 50 milhões anuais pagos por seus anunciantes. E foi na primeira temporada completa no renovado Palestra Itália que o time conquistou a Copa do Brasil, formando ídolos.



Pela primeira vez desde 2009, o Verdão teve sua casa durante uma temporada completa, e fez do estádio um lar de alegrias. Bem diferente do ambiente com gritos de “time sem vergonha” após os fracassos no Palestra Itália nas duas últimas rodadas do Brasileiro de 2014. O time se acostumou a ter a arena cheia, e a transformou em trunfo para conquistar a Copa do Brasil. Ampliando a vantagem como maior campeão nacional do futebol brasileiro – são oito Brasileiros, três Copas do Brasil e a Copa dos Campeões de 2000.



Foi no estádio que foram consagrados novos ídolos. Antes mesmo de pegar pênalti e converter o da conquista, Fernando Prass já era um bandeirão erguido por cordas na entrada do time na decisão contra o Santos. O goleiro, incontestavelmente, entrou na galeria de atletas no coração da torcida. Marcos, que virou busto ao lado do também ex-goleiro Oberdan Cattani neste ano, é um dos que mais saudaram o camisa 1 atual.





Fernando Prass virou até bandeirão na casa palmeirense em 2015 (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)



O ano serviu ainda para Dudu, exaltado inicialmente por vestir alviverde após ser cobiçado por Corinthians e São Paulo, deixar de ser o vilão do Campeonato Paulista, quando perdeu pênalti e foi expulso empurrando o árbitro nas finais (cumpriu seis jogos de suspensão no Brasileiro pela agressão), e se tornar herói, com dois gols na decisão da Copa do Brasil. A temporada ainda teve Robinho fazendo dois golaços de cobertura sobre Rogério Ceni e Cristaldo como xodó e artilheiro.



Reflexo da reformulação intensa. José Carlos Brunoro saiu, com seu cargo de diretor executivo extinto. Também foram dispensados o gerente de futebol Omar Feitosa, o técnico Dorival Júnior e toda a sua comissão. A aposta foi em Alexandre Mattos, que virou diretor de futebol após fazer o Cruzeiro bicampeão brasileiro. O dirigente chegou com Cícero Souza, novo gerente, e comandou mudanças até estruturais, incluindo o antes criticado setor de recuperação física.



Inicialmente, coube a Oswaldo de Oliveira ficar à frente do time. O técnico começou a receber as contratações, que chegaram a 25 até o fim da temporada, e demorou a ter regularidade durante o Paulista. Mas chegou à final estadual batendo o Corinthians na semifinal, nos pênaltis, em Itaquera. Também nas penalidades, porém, perdeu o título para o Santos.





Nobre, Mattos e Marcelo Oliveira suportaram a pressão no Brasileiro e foram campeões (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



No Brasileiro, Oswaldo teve sobrevida na convincente vitória por 2 a 0 no Derby em Itaquera. Mas a equipe não encantava, tanto que não foi além de um 0 a 0 diante do ASA, no Palestra Itália, pela Copa do Brasil, por exemplo. Acabou trocado em junho por Marcelo Oliveira, que perdeu sua estreia (1 a 0 para o Grêmio no Sul). Contudo, logo encaixou uma sequência de sete vitórias e um empate, levando o time à terceira colocação do Brasileiro.



O time que se encaixou com Marcelo Oliveira, entretanto, começou a ser desmontado na última semana de julho, quando o volante Gabriel rompeu ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e perdeu o resto da temporada. Com as frequentes lesões de Arouca e Robinho, o time fez um segundo turno sofrível, mas encontrou em Gabriel Jesus, de 18 anos, e na entrada de Lucas Barrios o caminho do título da Copa do Brasil.



No ano em que, enfim, Valdivia deixou o clube, Zé Roberto foi a experiência que o time precisou. Antes da estreia no Campeonato Paulista, em janeiro, o veterano chamou atenção com a preleção em que fez os colegas repetirem uns para os outros que “o Palmeiras é grande”. Ao final da temporada, o capitão que ergueu o troféu da Copa do Brasil corrigiu seu discurso: “O Palmeiras é gigante”.



CAMPEONATO PAULISTA



Dudu foi expulso e agrediu árbitro na derrota que gerou o vice-campeonato paulista (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



Com Oswaldo de Oliveira, o time vencia sem convencer e foi ajustando o elenco ao longo da primeira fase, que teve como ponto alto uma vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo, no Palestra Itália, com golaço que rendeu placa a Robinho. O Verdão foi o grande de pior campanha antes do mata-mata, eliminou o Botafogo por 1 a 0 nas quartas de final e, na semifinal, bateu o Corinthians nos pênaltis após 2 a 2 em Itaquera.



Na decisão, vitória por 1 a 0 sobre o Santos na ida, em casa, com gol de Leandro Pereira e pênalti perdido por Dudu. Na volta, na Vila Belmiro, Dudu empurrou o árbitro Guilherme Ceretta de Lima, acabou expulso ainda no primeiro tempo e a equipe perdeu por 2 a 1. Nos pênaltis, Rafael Marques e Jackson desperdiçaram suas cobranças e a taça ficou com os donos da casa.



CAMPEONATO BRASILEIRO



A goleada por 4 a 0 sobre o São Paulo foi um dos pontos altos do time no Brasileiro (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



Sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o time só convenceu na liga nacional ao bater o Corinthians por 2 a 0 em Itaquera, na única derrota do arquirrival como mandante nesta edição do torneio. Em junho, a diretoria o trocou por Marcelo Oliveira e encaixou sequência de vitórias que chegou a deixar a equipe em terceiro lugar. O Palmeiras terminou o primeiro turno em quinto lugar.



Mas o fim do turno já teve tropeços após Gabriel lesionar o joelho. O Verdão foi perdendo mais peças com contusões de Arouca e Robinho, além da venda de Leandro Pereira para o futebol belga. A equipe até chegou a voltar ao G4, mas sem força para permanecer ou até ficar próximo da zona de classificação para a Libertadores. Terminou o Brasileiro poupando jogadores, em nono lugar.



COPA DO BRASIL



Zé Roberto ergueu a taça da Copa do Brasil, em fim de ano emocionante (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)



O Palmeiras foi tricampeão, mas com tranquilidade só em duas fases. O time estreou impondo 4 a 1 no Vitória da Conquista, na Bahia, impedindo a necessidade do jogo de volta. Na segunda fase, um time só com reservas empatou com o Sampaio Corrêa por 1 a 1, no Maranhão, e, na volta, os titulares golearam por 5 a 1, de virada, no Palestra Itália.



A terceira fase serviu para exorcizar o fantasma do ASA, que tinha eliminado o Verdão na Copa do Brasil de 2002. Em 2015, 0 a 0 no Palestra Itália, e Gabriel Jesus, em uma equipe só de reservas, fez seu primeiro gol como profissional já virando herói, garantindo o 1 a 0 em Londrina, onde o time alagoano resolveu sediar sua partida.



Nas oitavas de final, Jesus brilhou ainda mais. Na ida, em São Paulo, vitória sofrida diante do Cruzeiro por 2 a 1. Na volta, no Mineirão, o atacante de 18 anos deu show e, em meia hora, definiu a classificação com uma assistência e dois gols no triunfo por 3 a 2. Nas quartas de final, 1 a 1 com o Inter no Beira-Rio e, no Palestra, Andrei Girotto foi o improvável herói com o gol da classificação no 3 a 2 a favor do alviverde.



A partir das semifinais, o nome foi Fernando Prass. O time perdeu do Fluminense no Maracanã por 2 a 1 e devolveu o placar em casa graças a milagre do goleiro nos acréscimos, em finalização da Fred. O camisa 1 ainda pegou pênalti para levar o clube à decisão.



Na final, a chance de vingança diante do Santos. Tido como azarão, o Palmeiras perdeu a ida por 1 a 0 e, na semana anterior ao segundo jogo, viu até pôster do rival como campeão ser vendido. A equipe atuou intensamente, fez 2 a 1 no Palestra Itália lotado, com dois gols de Dudu, e Prass defendeu pênalti e converteu o seu para um dos títulos mais comemorados da história recente do clube.



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9816 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva

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