Gilson Kleina assume a responsabilidade pela sequência de três derrotas que pode culminar na sua demissão no Palmeiras, mas quer ficar. Nos vestiários do estádio Castelão, onde o time perdeu de virada por 2 a 1 para o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil, o técnico apelou ao seu tempo no clube para pedir sua permanência na reunião da diretoria que definirá a sua situação nesta quinta-feira.
“São 20 meses de trabalho, não é possível que três jogos coloquem tudo a perder. Não é questão de proteger, mas de fazer de tudo para se reerguer. Acredito muito e quero ter muita força para reverter todo esse quadro e colocar o Palmeiras no topo”, disse o treinador, que se recusa a pedir demissão exatamente por acreditar na volta por cima.
“Quando eu não tiver energia e não entender que não posso extrair, tenho personalidade suficiente para dizer que o ciclo acabou. Mas estou muito motivado a dar continuidade, não entrego os pontos, vejo situação para reverter e construir uma equipe vitoriosa. Por mais que estejamos passando por resultados ruins, estamos reconstruindo a equipe e tenho certeza de que ele vai se organizar, só precisamos trabalhar”, indicou.
Kleina sabe que o diretor executivo José Carlos Brunoro, principal representante da diretoria presente no Maranhão, não garantiu sua permanência e definiu só como “provável” a sua aparição como técnico do Palmeiras no Pacaembu, contra o Goiás, no sábado. Mas o treinador disse ter ouvido de Brunoro a intenção de sua permanência.
“Os resultados ruins aumentam a pressão para todos os lados. Nesse momento, a nossa diretoria, o presidente Paulo Nobre, sabe que apontam para mim e para ele, somos pressionados. Mas toda avaliação tem que ser muito minuciosa. Entendemos e sabemos o caminho para nos reconstruir depois da perda de jogadores importantes”, falou Kleina.
“Estamos todos chateados. Vamos nos reunir, fazer uma avaliação para eu também saber o que pensam, a linha a ser desenvolvida e como administrar. Vamos ver o que é bom para o Palmeiras, que é o mais importante. Se depender do meu pensamento, vamos dar continuidade”, continuou o técnico, que embarca para São Paulo nesta madrugada sem medo de estar em sua última viagem como funcionário do Palmeiras desde setembro de 2012.
“Não temo nada. Quem trabalha, tem convicção. Quem tiver receio não pode comandar uma potência dessas. Neste momento, preciso ter mais convicções. Falo por todo o grupo e passo tranquilidade para que eles desempenhem e executem. Vou assumir a cobrança. Se eu transferir a pressão, as coisas tendem a piorar”, afirmou o técnico, rebaixado com o time no Brasileiro de 2012, campeão da Série B de 2013 e eliminado prematuramente em todos os torneios com mata-mata que disputou pelo clube.
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