Técnico contesta quem usa as três derrotas seguidas para criticá-lo (Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Gilson Kleina já foi mantido mesmo após ter perdido por 6 a 2 para o Mirassol e de ter sido criticado publicamente pelo presidente Paulo Nobre na eliminação na Copa do Brasil de 2013.
Mas o técnico nunca viveu tanta incerteza no cargo, a ponto de dizer que agora passa por sua “primeira turbulência” no Palmeiras. Ciente do sério risco de demissão e da pressão dos conselheiros por Vanderlei Luxemburgo, ataca quem o contesta.
“Neste momento de derrota, é a força dos incompetentes, daqueles que querem que tudo dê errado. Quem torce contra, pode fomentar a situação e o trabalho desenvolvido”, falou. “Quando o resultado não vem, tem um monte de engenheiro de obra pronta com solução.
Já começam a minar o trabalho, um modelo construído, apesar de vermos grandes equipes com grandes investimentos também lutando para se reconstruir. Mas vêm falar que o comando não tem comando e jogador não presta.”
O técnico que escalou três volantes na derrota para o Sampaio Corrêa resolveu usar o ataque como defesa em seu momento mais acuado no clube.
Uma reunião nesta quinta-feira entre Nobre, o diretor executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol Omar Feitosa pode definir a sua demissão, mesmo que essa decisão custe cerca de R$ 900 mil ao já endividado clube.
Ciente de que o meia Bernardo, emprestado pelo Vasco até dezembro, será anunciado oficialmente em breve, Kleina pede para aproveitar ele e outras contratações que virão. “Todos procuram reforços, estão na iminência de chegar. É a hora da tranquilidade, não adianta achar que o encaixe virá da noite para o dia”, avisou.
Em sua defesa, o técnico lembra que perdeu Alan Kardec e Henrique, negociados, e está sem Fernando Prass, Valdivia e Bruno César, machucados. “De novo, começamos a reconstruir uma equipe com perdas pontuais. É importante entender isso. No ano passado, já tive um time para o Paulista, outro para a Libertadores e outro para a Série B”, lembrou.
Brunoro disse ser só “provável” que Kleina seja o técnico do time contra o Goiás, no sábado, pelo Brasileiro. O treinador, contudo, confia tanto no que ainda não é mais do que uma possibilidade que saiu do Maranhão falando que confia nas peças do elenco para se reabilitar e assumindo a responsabilidade de qualquer tropeço em nome do grupo.
“Até quando fomos campeões da Série B ou alcançamos dez resultados positivos, sempre tivemos a obrigação de vencer. Imagina neste momento em que o torcedor está me cobrando e desconfia de mim.
Mas vamos com muito brio e hombridade para fazer o melhor no sábado sem expor ninguém. Que estoure no comando o que for acontecer”, discursou.
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