A relação entre Palmeiras e WTorre, empreiteira responsável pela construção do Allianz Parque, segue se deteriorando. Os inúmeros ruídos que aconteceram durante o primeiro ano do estádio tornaram-se cobranças milionárias. O Verdão afirma ter direito a receber R$ 2,8 milhões da construtora, enquanto a WTorre cobra outros R$ 4,4 milhões do clube.
Os valores que o alviverde teria a receber dizem respeito ao aluguel do Pacaembu em duas partidas do Brasileirão. Por contrato, toda vez que não puder utilizar sua casa para uma partida oficial, o Palmeiras manda a conta do aluguel do outro local para a WTorre. Além disso, a empresa não teria repassado totalmente quantias referentes a eventos realizados na arena.
A empreiteira não nega a dívida, mas joga a bola de volta para o Verdão. Os diretores da construtora afirmam que só quitarão os débitos quando o alviverde também pagar supostas dívidas que tem com a empresa. Segundo a WTorre o clube tem que acertar dívidas relativas a manutenção do estádio em dias de jogo, com itens como conta de luz, água, gramado e segurança.
Estas cobranças mútuas são apenas o último capítulo de uma relação cada vez mais complicada. Internamente, os desacertos entre Palmeiras e WTorre são constantes. Há um incômodo muito grande no clube com os valores cobrados pela empresa pelo aluguel do estádio. Para o show da cantora Katy Perry, por exemplo, o aluguel ficou em R$ 150 mil, uma quantia irrisória para um evento desta magnitude (o alviverde fica com 20% do valor).
A situação promete piorar: entre os dias 28 de novembro e 8 de dezembro, reta final da temporada do futebol brasileiro, a WTorre já notificou o Palmeiras que o Allianz Parque pode estar indisponível. Dificilmente a diretoria aceitará ficar sem seu estádio em um período tão decisivo do ano, o que deverá ser mais um motivo de conflito.
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