Gilson Kleina já não era mais aprovado por Omar e Nobre (Foto: Divulgação/Cesar Greco)
Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, vinha relutando diante da pressão de conselheiros e aliados pela troca de treinador, mas Gilson Kleina não resistiu à derrota por 2 a 1 para o Sampaio Corrêa, quarta-feira, e foi demitido poucas horas após chegar do Maranhão. O processo de fritura começou, ironicamente, quando a diretoria o manteve no cargo após a eliminação no Paulistão.
Ao dizer, logo após a derrota por 1 a 0 para o Ituano, que não havia a mínima chance de mudar a comissão técnica, Nobre permitiu que Kleina tivesse 17 dias para preparar a equipe para o Brasileirão - o Palmeiras jogou contra o Vilhena em 2 de abril, três dias depois de sair do Estadual, e só estreou no Brasileiro no dia 20 do mesmo mês. Na visão de seus superiores, este tempo foi inútil.
De acordo com um membro da diretoria, o técnico perdeu a confiança porque o time virou “um amontoado” após a derrota para o Ituano e não esboçava reação. A saída de Alan Kardec não foi um argumento válido para segurá-lo: pares de Nobre dizem que o agora são-paulino é “bom jogador, mas não um craque”, e que o técnico deveria saber viver sem ele até a chegada do substituto.
Na visão da cúpula, o atual elenco é competitivo mesmo com a saída do camisa 14. Paulo Nobre admite a necessidade de buscar reforços - Kleina vinha pedindo um zagueiro, um lateral-direito e um centroavante -, mas com urgência menor do que a alardeada pelo agora ex-treinador.
Multa salgada
Contando os centavos para não danificar ainda mais as finanças, Nobre terá de gastar com a quebra do vínculo de Gilson Kleina. Kleina tem direito a três salários - cerca de R$ 600 mil -, benefício cancelado caso ele feche com outro clube.
- A rescisão ainda não aconteceu, mas a multa é a do contrato - disse Anderson Suave, agente do técnico.
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