?A relação entre o Palmeiras e a construtora WTorre, responsável pelo Allianz parque, não tem sido fácil. Os conflitos e discordâncias são constantes e o torcedor palmeirense pode ganhar mais um motivo para se irritar com a empresa. O clube corre o risco de jogar longe de casa quatro das oito partidas como mandante no Paulistão. Entenda a situação:
3. Troca de gramado e show

O primeiro jogo do Verdão como mandante já está confirmado para o Pacaembu, no dia 4 de fevereiro, contra o São Bento. Isso porque o gramado do Allianz Parque foi trocado em dezembro e ainda não se fixou.?
De acordo com a WTorre, o campo deve estar liberado para o dia 13 de fevereiro, quando o Palmeiras enfrenta o Linense. A partida, todavia, ainda não está confirmada para o estádio, e vai depender da evolução da grama.
Além do problema do gramado, o Allianz não deve ser utilizado também devido a um show. O Iron Maiden se apresenta no dia 26 de março e o Alviverde joga pela 11ª rodada três dias antes. Teoricamente, a arena já deverá estar fechada para a montagem das estruturas do evento.
2. Dérbi

A construtora está focada em permitir que o clássico contra o Corinthians, no dia 3 de abril, aconteça no Allianz Parque. O Coldplay tem um show marcado para o dia 7, e a empresa tenta argumentar com os organizadores do evento que é possível montar tudo neste período de quatro dias. Os produtores costumam pedir um prazo maior, mas a WTorre alega que seja força do hábito, pelo costume de trabalhar no Morumbi, onde o acesso ao gramado é mais difícil e exige mais tempo de montagem.
Deixar o Dérbi sair do Allianz significaria prejuízo financeiro e de imagem. Quando o Palmeiras não pode jogar em casa, a construtora é obrigada a pagar uma multa de 50% da renda obtida na partida. Isso já aconteceu duas vezes, em jogos contra o Grêmio e o Sport, no Brasileiro do ano passado, ambos por causa de shows.
1. Dívidas e acusações

Somados os 50% das rendas das partidas contra Grêmio e Sport, o Palmeiras deveria receber R$ 726 mil da WTorre, valor que ainda não foi pago. A dívida da construtora com o clube chega a quase R$ 2 milhões, pois os repasses de outras receitas (porcentagem de naming rights, camarotes, aluguel de shows, etc.) também não estão sendo feitos. A empresa alega que o Alviverde também não estava pagando o que devia.
A WTorre cobra R$ 4 milhões do Palmeiras, referentes ao aluguel e ao reembolso dos custos de três jogos não oficiais da equipe: os amistosos contra Shandong Luneng e Red Bull, na pré-temporada de 2015, e o jogo de despedida de Alex.
Os dirigentes do Alviverde dizem que não fizeram o pagamento porque contestam os valores estipulados e exigem notas fiscais para comprová-los. Como não chegaram a um acordo, a arbitragem definirá as quantias a serem pagas por cada um.
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