Palmeiras sobe marcação e busca início de ano sem chutão para frente

Marcelo Oliveira tem insistido com o time para não fazer ligação direta e passar a incomodar a saída de bola adversária; primeiro grande teste será no domingo

Saída de bola preocupa Marcelo Oliveira no Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)



Se o Palmeiras der chutões para frente na estreia do Paulistão diante do Botafogo, no domingo, em Ribeirão Preto, não terá sido por falta de orientação de Marcelo Oliveira. Desde os treinos em Itu, o técnico insiste em dois pontos: nessa saída de bola pelo chão e na pressão sobre o início da jogada adversária.



A ligação direta da defesa para o ataque foi um grande defeito da equipe na temporada passada, principalmente no segundo semestre, quando não contou com Gabriel. Além de bom desarme, o volante – que está em fase final de recuperação de cirurgia – era quem buscava a bola entre os zagueiros e a distribuía verticalmente.



Desde que ele se machucou, em agosto, o Palmeiras penou para dar fluência ao seu futebol. Agora com tempo, na pré-temporada, Marcelo Oliveira tentou. No primeiro teste, o torneio amistoso disputado no Uruguai, no entanto, ficou evidente que ainda falta tranquilidade entre os homens de defesa diante de uma situação de pressão.



– Sabemos que temos que melhorar muito. Mas estamos no começo da temporada, não tem como a equipe estar no ponto ideal. Lá em Itu, o Marcelo priorizou bastante a posse de bola, a saída de bola, o que é fundamental para chegar do meio ao ataque. Conseguimos fazer nos treinos e algumas vezes nos amistosos – disse o volante Arouca, principal encarregado no momento de receber o primeiro passe entre os zagueiros, que ficam posicionados nas extremidades laterais do campo.





Zagueiros (Leandro Almeida e Vitor Hugo) abrem nas laterais na saída de jogo: Arouca é o primeiro volante a buscar bola



– É lógico que, por necessidade, o chutão é válido também. Há vezes em que é melhor dar um chutão lá atrás para não levar o gol. Mas, com certeza, vamos evoluir não só nesse aspecto como em outros também – acrescentou Arouca.



Enquanto corrige a construção da jogada na defesa, a comissão técnica se preocupa também em dificultar a saída de bola adversária. O meia-atacante Dudu, que atua mais centralizado na armação quando o Palmeiras não tem a bola, é o marcador mais agudo, dada sua velocidade. Porém, para o movimento funcionar, é preciso mais sincronismo com os atacantes Lucas Barrios e Gabriel Jesus.





Dudu, o mais veloz, é o marcador mais agudo; Robinho não sobe tanto, e Barrios ajudar a pressionar defesa adversária



No treino coletivo de quinta-feira, os reservas conseguiram escapar dessa marcação em diversos momentos e venceram os titulares por 4 a 1, na Academia de Futebol. A primeira avaliação em uma partida oficial na temporada será às 19h30 (horário de Brasília) de domingo, quando o Palmeiras visita o Botafogo em Ribeirão Preto.