A primeira manhã de trabalho do Palmeiras após a demissão do técnico Gilson Kleina foi de mistério. Nesta sexta-feira, véspera da partida com o Goiás, o interino Alberto Valentim comandou um treinamento com os portões da Academia de Futebol fechados e só autorizou a entrada da imprensa às 11h20 - mais de uma hora depois de a atividade começar.
Passada a movimentação dos jogadores, Valentim não quis confirmar a formação do Palmeiras para o jogo com o Goiás. "Não vou falar o time porque, sinceramente, ainda estou em dúvida. Não quero dar esse presente para o Ricardo", comentou o interino, que foi auxiliar de Ricardo Drubscky, o técnico adversário, quando ambos trabalhavam no Atlético-PR. "Conhecendo ele, sei que nem está muito interessado na nossa escalação", sorriu.
Quando liberou o acesso da imprensa à Academia de Futebol, Valentim observava parte da equipe do Palmeiras disputar um descontraído rachão. Em outro campo, os meias Valdivia e Mendieta e o atacante Henrique se divertiam ao bater pênaltis contra o goleiro Bruno. O chileno, poupado da derrota por 2 a 1 para o Sampaio Corrêa, pela Copa do Brasil, está novamente relacionado para o compromisso diante do Goiás.
A desgastante viagem para o Maranhão, inclusive, foi utilizada por Valentim como uma justificativa para não adiantar os seus planos para a formação do Palmeiras. "Não tivemos muito tempo de recuperação. O treino seria até mais longo, com uma brincadeira depois, mas viemos de um jogo cansativo, no meio de semana", explicou.
O certo é que o Palmeiras não terá alterações significativas para tentar reagir - a não ser de comando. "A base será aquela que vinha jogando com o Gilson Kleina. Só trabalhei situações táticas e quis corrigir algumas coisinhas o mais rapidamente possível, até porque não houve tempo para muita coisa, para que a gente possa vencer o Goiás", concluiu o misterioso Valentim.
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