Presidente da Conmebol retira "placa da impunidade" de sede da entidade

Lei que garantia inviolabilidade da sede da Confederação Sul-Americana foi revogada em junho. Norma impedia que local fosse alvo de cumprimento de mandados judiciais

Alejandro Domingues retira "placa da impunidade" da sede da Conmebol (Foto: divulgação Conmebol)



Eleito presidente da Conmebol na última terça-feira, o paraguaio Alejandro Domínguez retirou nesta segunda-feira da sede da entidade, em Luque, uma placa que representava a inviolabilidade do local. Em 1997, o Congresso do Paraguai aprovou uma lei que dava ao prédio da entidade máxima do futebol sul-americano um status semelhante ao de embaixadas e de consulados. Na prática, a lei impedia que autoridades policiais e judiciais pudessem fazer buscas dentro de suas instalações.



- Infelizmente esta lei paraguaia foi mal utilizada no passado. Hoje reafirmamos as nossas práticas de total e absoluto rechaço das práticas de corrupção e eliminamos esta placa que denominamos da impunidade - disse Domínguez, ao site da entidade.



O novo presidente da Conmebol afirmou que o ato simbólico é uma demonstração de qual será a política da ação da entidade a partir de agora.



Um decreto assinado em junho pelo presidente do Paraguai, Horacio Cartes, tornou sem efeito a lei que beneficiava a entidade. O privilégio foi aprovado quando a entidade era comandada por Nicolas Leóz. Acusado de envolvimento no desvio de verbas relacionadas aos direitos de transmissão da Copa América a Libertadores, o ex-dirigente, de 87 anos, cumpre prisão domiciliar em Assunção.

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