Marcelo Oliveira, fale menos e trabalhe mais

Muitas palavras e um futebolzinho bem mequetrefe, eis o Palmeiras de Marcelo Oliveira



Marcelo Oliveira não foge a uma de suas missões como técnico do Palmeiras: dar entrevistas. Seja na véspera de cada jogo, na Academia, ou nos vestiários após as partidas, o treinador sempe conversa com os repórteres - mas solta cada absurdo que às vezes é duro de aturar.



Os trechos abaixo foram estraídos de matérias do site do Palmeiras, para evitar que algum crítico venha culpar "a impresinha que distorce".



Acho que neste momento, se pegarmos todas as rodadas no Brasil, existe uma dificuldade para jogar contra times mais treinados, que estão mais soltos. Sinceramente, todos nós esperávamos estar um pouco melhor, e aí temos de buscar estes ajustes, seja no posicionamento, forma de jogar ou escalação de jogador (Hoje, véspera do jogo contra o Linense)



É, realmente São Bento e Oeste são times muito soltos e preparados, que certamente vão brigar pelo título do Paulistão. Ô.



Todos estão esperando da gente uma coisa, e só estão esperando porque em algum momento já fizemos. Cabe a nós, do clube, buscarmos estes ajustes, tenho certeza de que evoluiremos. Falta uma grande partida, o encaixe e um melhor rendimento de jogadores importantes. É isso que estamos buscando e o que acontecerá (Também de hoje)





Esperamos muito. Há oito meses estamos esperando, aliás. Mas, pra ser bem sincero, o Palmeiras fez isso pouquíssimas vezes em 2015 - e ainda não fez este ano em momento algum. Nossa expectativa é uma ansiedade pelo potencial que o time pode produzir, e que, se houve algum momento de constância, foi no período de julho do ano passado, quando a torcida chegou a sonhar com o título do Brasileirão.



Temos uma base de time, mas ainda não encontramos o time ideal, alguns jogadores importantes têm oscilado um pouco (Hoje)



Temos uma ansiedade exagerada para fazer o gol, principalmente nestes dois últimos jogos. O time acaba perdendo o posicionamento e tendo pouca paciência para rodar a bola com rapidez. Conversaremos essas questões internamente, precisamos melhorar e estamos aí para melhorar sempre e buscar a formação ideal (Quarta, após a ridícula atuação contra o Oeste)



Ah, seu Marcelo, na boa, pare de abusar da nossa paciência. São OITO meses de trabalho e você nunca encontrou um time ideal, que jogasse bonito como o torcedor espera, ou pelo menos de forma eficiente e que consiga vitórias sem ser na base do avanti e do pensamento mágico.



E não tem desculpa: o time que começou 2016 jogando feio é o mesmo que só jogou feio em praticamente todo o ano passado, um potencial enorme desperdiçado, um possível título brasileiro entregue de bandeja ao maior rival, uma Copa do Brasil ganha à custa de sangue, suor e lágrimas que poderia ter vindo com muito mais tranquilidade - e que poderia não ter vindo por causa de um metro pra lá ou pra cá na hora dos pênaltis.



O mesmo time, aliás, reforçado, com bons talentos, como Erik ou Moisés, e cheio de jogadores mal aproveitados, escalados fora de função, taticamente desorganizado, queimando a olhos vistos um talento raro como Gabriel Jesus e torrando um goleador como Barrios por pura incapacidade de fazer a bola chegar até ele. Rafael Marques é outro cujo futebol é uma sombra do que já foi. Dudu é mal escalado, mal orientado taticamente. Um desastre completo. Uma aula de como não jogar futebol.



Na boa, o trabalho de Marcelo Oliveira é péssimo, e a Libertadores, se vier, será como a Copa do Brasil: apesar dele, e não por causa dele.



Faça um favor a nós e ao Palmeiras, Marcelo: fale menos e trabalhe mais. Dê menos entrevistas e monte times melhores, que joguem bola e não ganhem ao acaso, mas por merecimento. O Palmeiras tem time pra isso. É só o técnico saber trabalhar. Justamente o que não temos visto nos últimos oito meses.

5709 visitas - Fonte: ESPN FC

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