O PALMEIRAS
"Classificado pelo título da Copa do Brasil, o Palmeiras volta à Libertadores depois de três anos. Se o troféu nacional saciou a torcida após anos difíceis, o desempenho da equipe ainda gera dúvidas.
O trabalho de Marcelo Oliveira é contestado, pela dificuldade em dar padrão de jogo a um time de opções abundantes no elenco. Um início forte é considerado fundamental para sua sequência no comando da equipe.
Será o primeiro torneio continental do Palmeiras no Allianz Parque, que tem proporcionado grandes públicos e ajudado a equipe em momentos importantes, como a decisão contra o Santos.
Em campo, o time mantém a base da última temporada, com destaque para o goleiro Fernando Prass, hoje o principal ídolo da torcida, e o meia-atacante Dudu, mais maduro e decisivo. A principal novidade entre os titulares é o zagueiro Edu Dracena, que perde o início da competição por estar contundido.
A presença de adversários de peso como o Nacional de Montevidéu – adversário do Alviverde na pré-temporada – e o Rosario Central faz do grupo um dos mais complicados. Por isso, é importante não deixar pontos contra o River Plate uruguaio, teoricamente o mais frágil da chave. "
Leonardo Bertozzi, da ESPN Brasil
O PALMEIRAS POR UM PALMEIRENSE
"O Palmeiras volta à disputa da Libertadores como candidato ao título. Apesar de um início de temporada que vem despertando muita desconfiança, sabemos que o trabalho é de longo prazo e que o clube fez todas as lições de casa direitinho: manteve o treinador e a base do elenco e contratou antes de todos os concorrentes reforços pontuais que deixaram o elenco ainda mais forte do que o que conquistou a Copa do Brasil em dezembro. Tendo o Allianz Parque novamente como aliado, basta que Marcelo Oliveira desenvolva o padrão de jogo que se espera deste elenco para o Palmeiras entrar muito forte na disputa."
Conrado Cacace, do Resistência 1942
O NACIONAL , POR UM URUGUAIO
"O Nacional se reforçou pensando em dois campeonatos, o Clausura local e a Copa Libertadores. De certo, sofreu uma baixa muito importante, a de seu goleador, Iván Alonso, mas o técnico encontrou rápida solução dentro do plantel com três atacantes velozes, explosivos e com faro de gol: Leandro Barcia, Nicolás López e Kevin Ramírez. Gustavo Munúa apostou nesse ritmo no ataque e colocou no primeiro jogo do torneio duas das caras novas: o ‘Diente’ López e Kevin Ramírez. O Nacional venceu sem problemas por 3 a 0 o Villa Teresa.
A equipe tem uma ideia de jogo definida desde que Munúa deixou as luvas de goleiro para colocar o colete de treinador. Sai jogando sempre desde o gol, Conde utiliza mais os pés do que as mãos, é um goleiro-líbero que domina a bola de um lado a outro e é apoio permanente de seus defensores.
Esse é o novo Nacional. Não utiliza o chutão e sempre aposta na bola no chão. Sem essa identidade de equipe rude e combativa, igual tem muita personalidade em dois homens do meio: Gonzalo Porras e Santiago Romero. Dois batalhadores incansáveis que não dão a bola por perdida. Com essa estrutura no meio, de brigar sempre, mas também se baseia em uma defesa sólida, onde se destaca acima dos demais Diego Polenta, o capitão de apenas 23 anos, com uma personalidade avassaladora e contagiante. Tem Jorge Fucile na lateral direita, o homem de mais experiência, e dois bons zagueiros que podem alternar com Polenta, como Erick Cabaco (recém-chegado) ou Mauricio Victorino, que voltou ao Nacional depois de seu périplo por Brasil e Argentina.
O Nacional é um grande. E se faz sentir quando joga de local no Parque Central, seu estádio com capacidade para 20 mil pessoas. Sua torcida não para de cantar e apoiar a equipe durante os 90 minutos, e é uma aliada nos confrontos mais difíceis, como bem podem ser estar da Libertadores. "
José Mastandrea, jornalista do diário El País
O RIVER PLATE, POR UM URUGUAIO
"O River Plate é o caçula do grupo. Uma equipe humilde, de escassos recursos econômicos, mas com um jogo vistoso levado pela mão por um treinador que trocou a mentalidade do grupo: Juan Ramón Carrasco. Classificou pela primeira vez à Copa Libertadores da América, mas deixou pelo caminho um grande como a Universidad de Chile. Ganhou muito bem no Campus Municipal de Maldonado (onde se acredita que mandará seus jogos) e depois arrancou um empate de 0 a 0 em Santiago.
Não tem grandes figuras. A figura é o time. Mas conta com jogadores muito bons como Michael Santos (convocado por Tabárez para a seleção uruguaia), Ángel Rodríguez, o pilar do meio-campo, e um garoto de 17 anos como Nicolás Schiappacasse, que é muito parecido a Neymar por sua magreza e penteado, mas também por sua forma de correr e enganar seus marcadores.
Sua força é a posse de bola, e seu sistema não muda. Joga sempre igual, tanto de local como de visitante. Tem um bom goleiro (Nicola Pérez) e um zagueiro brasileiro, Ronaldo Conceição, que deu muitos bons resultados na defesa pelo jogo aéreo e precisão com a bola.
É a Cinderella, mas pode ser complicado, porque não tem nada a perder. Classificou à fase de grupos, e já com isso fez história. "
José Mastandrea, jornalista do diário El País
O ROSÁRIO CENTRAL POR UM ARGENTINO
"A equipe de Eduardo Coudet teve um fechamento de 2015 muito bom, no qual brigou até o final do torneio local e da Copa Argentina, cuja final perdeu de forma muito polêmica para o Boca Juniors.
Praticamente sem baixas no plantel, aposta na eficácia de sua estrela, Marco Ruben, e na mescla da experiência de César Delgado, Javier Pinola, Cristian Villagra e Pablo Álvarez com a juventude de Giovani lo Celso e Franco Cervi, entre outros.
Está no grupo 2 com os uruguaios Nacional e River Plate além do Palmeiras. "
Nicolás Baier, jornalista da ESPN argentina
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