Marcelo vê evolução no Palmeiras, mas lamenta: "Podíamos aproveitar"

Técnico cita falha na bola parada e pênalti cometido pelo Verdão ao justificar empate com o River Plate do Uruguai, na estreia da Taça Libertadores da América

Marcelo Oliveira lamentou o empate no Uruguai (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)



Melhorou, mas não foi o suficiente: essa foi a análise do técnico Marcelo Oliveira sobre a equipe do Palmeiras no empate por 2 a 2 com o River Plate do Uruguai, nesta terça-feira, no estádio Domingo Burgueño Miguel, em Maldonado. O comandante acredita que o Verdão poderia ter aproveitado melhor o cenário favorável em uma partida com pouca pressão da torcida adversária.



O Palmeiras esteve à frente do placar duas vezes. Jean abriu o placar, e o River empatou de pênalti com Michael Santos. Gabriel Jesus voltou a deixar o Verdão à frente, mas Montelongo novamente igualou o marcador, de cabeça.



– Naturalmente vamos encontrar situações piores, torcidas muito mais presentes e numerosas e empurrando muito o time para cima da gente. Argentinos, uruguauios... Aqui era bom o cenário. Campo razoável, prendendo um pouco, ventando muito. Mas não tinha problema nenhum de torcida. Podíamos aproveitar melhor – resumiu Marcelo, em entrevista coletiva.



– Precisamos ganhar dessa equipe lá, quando jogarmos no Brasil. Poderíamos ter feito um pouco mais, girado a bola um pouco melhor e protegido o resultado na duas situações. Facilitamos na bola parada, marcação individual, e o pênalti talvez pudesse ter sido evitado.



O técnico mudou a proposta de jogo do Palmeiras em relação às últimas partidas – empates com São Bento e Oeste e derrota para o Linense. Escalou Thiago Santos como volante de contenção, com Jean e Arouca mais livres para avançar. A avaliação não foi totalmente positiva.



– Hoje foi mais consistente, regular, a bola passou mais pelo meio-campo, a presença do Jean indica isso. O River Plate nos marcou muito bem, forte, é um time que usa bem a bola (...) Poderíamos ter jogado mais com os volantes. Acabamos dando chutes de ligação direta. Isso foi recomendado, treinado, mas em algum momento eles se sentiram apertados. Foi um jogo de segunda bola – avaliou.



– Ficou um pouco preso ainda no primeiro tempo. Acho que defensivamente, protegendo, prendeu o Thiago, com o Arouca chegando à frente. Tivemos dificuldades. Depois, o segundo tempo foi melhor, um pouco em cima. Um pouco desordenado na jogada final, mas chegamos mais vezes. Qualquer forma de jogar pode ser boa desde que cumpramos bem as funções.



O Palmeiras tenta encerrar o jejum de quatro partidas sem vencer no próximo sábado, às 17h (horário de Brasília), contra o Santos, na arena do Verdão. O confronto é válido pela quinta rodada do Campeonato Paulista. A delegação desembarca em São Paulo já na manhã desta quarta-feira.



Pela Libertadores, o próximo compromisso será em casa: no dia 2 de março, o Palmeiras recebe o Rosario Central, da Argentina, às 21h45.