DataESPN analisa: O que faz do Palmeiras um time pouco coletivo?

17/2/2016 13:53

DataESPN analisa: O que faz do Palmeiras um time pouco coletivo?

DataESPN analisa: O que faz do Palmeiras um time pouco coletivo?

DataESPN analisa falta de coletividade do Palmeiras



O individual só aparece com um coletivo forte. A expressão, muito usada pelos treinadores atualmente, não é um clichê sem sentido. E mais, se faz muito presente no dia a dia do Palmeiras de 2016, ou melhor, no Palmeiras de Marcelo Oliveira. Pressionado por um início de ano sem grandes resultados, o treinador se vê perdido nos mesmos conceitos da última temporada, salva com o título da Copa do Brasil.



E a cobrança sobre o comandante não é só pelos resultados, mas pelo desempenho. O que vemos em sua equipe, de uma maneira geral, é um punhado de lapsos individuais que, quando bem sucedidos, acontecem pela qualidade de seu elenco. Pouca coisa é construída coletivamente. Jogadores tomando suas próprias decisões, pouca coordenação de movimentos e pouco padrão nas ações durante os momentos do jogo. Apesar de o resultado no Uruguai não ter sido uma catástrofe, nada de diferente foi visto coletivamente, mesmo com a entrada de mais um volante no esquema, que deixou de ser o 4-2-3-1 para dar lugar ao 4-3-1-2.



Muito abordado pelo DataESPN durante a última temporada, os chutões seguem sendo as consequências de um jogo coletivo muito pobre. A insistência de Marcelo Oliveira para que sua equipe saia jogando com a bola no chão passa a não fazer sentido quando não conseguimos ver algum mecanismo ensaiado para resolver tal problema. O que chamou a atenção na estreia pela Libertadores foi que o adversário também mostrava defeitos parecidos, como a própria bola longa apostando na velocidade dos atacantes.



Com bola, vemos um Palmeiras muito dependente de alguma trama individual: um lançamento bem feito, uma 1ª bola bem disputada, uma recuperação da bola no campo ofensivo ou mesmo dribles que rompem linhas e geram desequilíbrio defensivo no adversário. Dificilmente algo construído coletivamente acontece, como o primeiro gol contra o Santos, na segunda final da Copa do Brasil. A bola parada ofensiva é outro momento que causa perigo aos adversários. Neste caso com jogadas bem treinadas.



O grande ponto para a equipe não conseguir criar com bola no chão é a falta de apoio. Vemos em vários momentos jogadores se movimentando de forma aleatória. A flutuação de Robinho da direita para o centro, por exemplo, é um dos raros movimentos coordenados, e que costuma dar resultados, inclusive. No geral, os jogadores se posicionam muito longe um dos outros e não existe uma compactação ofensiva ou mesmo a tentativa de triangulações nos setores. Por isso, a única saída de volantes e meias, quase sempre, é tocar para trás e ver os zagueiros tentando um lançamento.



Imagem mostra Arouca com a bola e os jogadores muito longe para trabalharem a jogada



Sem a bola o panorama também não é muito diferente. É possível ver transições defensivas, por exemplo, serem feitas sem o menor padrão. Alguns jogadores reagem prontamente à perda da bola, outros não. Uns fazem a pressão na bola imediatamente enquanto outros buscam retardar a jogada e se posicionar atrás da linha da bola.



Não falta intensidade sem a posse. O Palmeiras é um time que compete muito em campo. A grande questão é a organização em fazer isso. Existem momentos que Barrios - o jogador mais adiantado - tenta puxar uma pressão mais adiantada em uma bola negativa do setor defensivo rival. Por vezes não passa de uma ação individual, já que os outros jogadores não se movimentam também para fechar as linhas de passes.



O momento defensivo alviverde também não consegue se organizar de maneira segura. A grande missão de quem defende é afunilar o campo e diminuir a área de atuação do adversário. No caso do Verdão, isso não acontece. Veja na imagem abaixo quanto espaço há entre os jogadores. Isso acaba por facilitar infiltrações dos atacantes e meias rivais. Zagueiros e laterais ficam sempre distantes uns dos outros. A equipe quase nunca faz uma pressão no lado da bola e não se movimenta em bloco. A distância entre a primeira e última linha está muito além dos 30 metros tão comentados no futebol europeu, por exemplo.



Equipe do Oeste sai na cara do gol, atacante tem todo espaço do mundo para chegar na área. Equipe mostra falha na compactação defensiva



Os encaixes de marcação individual se mostram cada vez mais frágeis, com defensores desgarrando da linha defensiva de 4 e ninguém ocupando o espaço deixado. Equipes pequenas deste Paulistão, aliás, já percebem tais situações e se aproveitam disso. Os gols sofridos no estadual até então são provas vivas disso. Na última terça, o River Plate-URU conseguiu o pênalti assim, com Roger Carvalho desgarrando da linha e abrindo espaço para o adversário infiltrar.



Todos estes argumentos comprovam o maior reflexo da atual equipe do Palmeiras: a falta de jogo coletivo. Enquanto isso, a pressão sobre Marcelo Oliveira vai crescendo. A torcida, certa que o forte elenco pode render mais, vai perdendo a paciência.



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3876 visitas - Fonte: ESPN

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