Joga pedra no Marcelo...

17/2/2016 17:52

Joga pedra no Marcelo...

Joga pedra no Marcelo...

Na música de 1978, quando a maioria dos leitores do blog nem era nascida, Chico Buarque contava na música "Geni e o zepellin" a história de Geni, que mesmo tendo se sacrificado para salvar a cidade do perigo trazido em um zepellin, era sempre alvejada por pedras e outros artefatos menos nobres. A "Geni" da vez é Marcelo Oliveira. Há uma sanha de parte da mídia em exigir que ele conquiste títulos antes da hora e que o Palmeiras jogue como o Barcelona tropical.



É evidente que, depois de ser bicampeão brasileiro com um Cruzeiro dos sonhos, a expectativa era que o nível fosse mantido nos trabalhos subsequentes. Já disse aqui que 2015 não pode ser parâmetro porque ele pegou o bonde andando e, ainda assim, faturou a Copa do Brasil. É evidente que em 2016 a cobrança tem de ser maior. É evidente que ele tem no Palmeiras quantidade e variedade para montar um belo time.



Mas... primeiro, os mesmos que jogam pedra na "Geni" são os mesmos que dizem que Estadual é pré-temporada. Então, se é pré-temporada, seus resultados devem ser avaliados nessa perspectiva. Segundo: na competição que vale agora, a Libertadores, o Palmeiras acaba de fazer seu primeiro jogo. Se fosse outro o analisado, empatar no Uruguai seria considerado bom resultado. Como foi Marcelo que empatou, foi uma tragédia. Vi alguns dizendo que o adversário era "pequeno". Amigos, vamos e venhamos, nenhum time argentino ou uruguaio que chega à Libertadores é pequeno. Mais: o Palmeiras tem bom elenco, mas nem ele e nem nenhum brasileiro pode cantar de galo (nem o Atlético-MG) antes da hora - a menos que fosse o Corinthians versão 2015.



Contra o River Plate-URU, o Palmeiras teve uma atuação convincente do meio para a frente. Jean cumpriu à risca sua missão, apareceu para marcar o primeiro gol, e no segundo tempo o time fartou-se de perder gols. Na defesa, os gols sofridos foram falhas individuais, não de conceito de jogo. No primeiro uruguaio, Lucas, Roger e Arouca foram envolvidos pela tabela adversária, e no segundo foi erro de marcação individual em cobrança de córner. Não era para acontecer, mas Marcelo não tem controle absoluto sobre o que cada jogador faz.



O que deve preocupar Marcelo, e me causa estranheza, é que tanto os gols sofridos, quando alguns problemas na saída de bola - como os uruguaios jogaram com três homens espetados, a bola deveria chegar melhor aos volantes do Palmeiras, o que nem sempre aconteceu - foram atribuídos pelo técnico ao fato de o time não fazer o que fora treinado. È preciso saber porque o time não faz em campo o que é treinado, isso também é evidente.



Continuo achando que é preciso dar tempo a Marcelo - o tempo da permanência do time na Libertadores. A melhor definição sobre a estréia foi dada por Jean, ao responder sobre se o Palmeiras ganhou um ponto ou perdeu dois. "Só vamos saber isso depois do próximo jogo, em casa." É isso. Se o time vencer o Rosário, e tem tudo para fazê-lo - se tiver medo na Arena contra o Rosário, aí não pode mesmo seguir em frente - o empate terá sido bom. Se perder, terá sido ruim. E aí Marcelo Oliveira vai sentir mais uma vez e com mais força o que é ser a "Geni"...





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6531 visitas - Fonte: Globo Esporte

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