Choveu muito no segundo tempo do primeiro clássico entre Palmeiras e Santos na temporada (Foto: Marcos Ribolli)
Juntos, Palmeiras e Santos finalizaram 19 vezes no 0 a 0 deste sábado, na arena palmeirense – o time visitante teve chances mais perigosas. Faltou a ambos calma com a bola, seja para clarear a jogada, no caso alviverde, seja para caprichar na finalização, no caso alvinegro.
Embora o técnico Marcelo Oliveira tenha reconhecido que esperava mais de sua equipe, o Verdão não começou mal. Armado mais uma vez com três volantes, exerceu marcação forte nos primeiros minutos e levou algum perigo à meta do goleiro Vanderlei. Mas a pressa por voltar a vencer prejudicou.
O time de Dorival Júnior passou a aproveitar as escolhas erradas do adversário, controlou a bola e ainda contragolpeou com qualidade. O Peixe, que tinha dois meias e dois atacantes, desceu para o vestiário merecidamente com números melhores: 62% de posse de bola e cinco finalizações (uma a mais do que o rival).
Choveu muito no segundo tempo do primeiro clássico entre Palmeiras e Santos na temporada (Foto: Marcos Ribolli)
Na chuvosa etapa final, quando apostou no meio termo entre a velocidade de Gabriel Jesus e a cadência de Régis, o Palmeiras perdeu com ansiedade e individualismo em excesso. Resultado: os contra-ataques santistas aumentaram, e o zero não saiu do placar da arena somente porque, cara a cara com o goleiro Fernando Prass três vezes, Gabriel errou todas elas.
O empate aumentou para cinco partidas a série sem vitória do Palmeiras, que, como reconheceu seu treinador, ainda não engrenou. No Santos, time que esteve mais próximo da vitória, a avaliação é de que a atuação deste sábado foi a melhor em 2016. O que não diz muito.
TIMES NOVOS
Palmeiras começou com três volantes (um deles, Matheus Sales); no Santos, Serginho esteve entre os 11 iniciais
Os dois treinadores não montaram seus times no 4-2-3-1, como fizeram no ano passado e no começo desta temporada. Marcelo Oliveira armou o Palmeiras mais uma vez com três volantes – desta vez, com Matheus Sales no lugar de Arouca, e Robinho na armação. Dorival Júnior escalou o Santos com um meia a mais: Serginho.
COMEÇO ALVIVERDE
A primeira parte da etapa inicial foi o único de evidente superioridade do Palmeiras na partida. Com uma marcação muito forte, não deu espaço ao Santos e levou algum perigo ao goleiro Vanderlei, ainda que em bolas aéreas ou finalizações de longa distância.
REAÇÃO ALVINEGRA
Da metade do primeiro tempo até o intervalo, o Santos se impôs. Passou a arriscar mais em direção à meta de Fernando Prass e até balançou a rede, depois de uma rebatida ruim do goleiro, mas o gol de Gabriel não foi validado por impedimento. A equipe visitante desceu para o vestiário tendo 62% da posse de bola e uma finalização a mais (cinco contra quatro).
POLÊMICA
Ricardo Oliveira voltou a protagonizar um lance polêmico no reencontro com o Palmeiras. Pouco antes dos acréscimos da primeira etapa, após cobrança de escanteio do Santos pela esquerda, ele acertou as costas do volante Thiago Santos, que caiu em campo. Na volta para o segundo tempo, advertido pelo árbitro Raphael Claus, defendeu-se: "Foi disputa de bola".
VANDERLEI!
Pouco agressivo ofensivamente, o Palmeiras realmente exigiu trabalho de Vanderlei apenas em um chute de Dudu, de dentro da área, no comecinho do segundo tempo. O goleiro fez boa defesa no chão e impediu que o placar fosse aberto. Depois disso, sua zaga resolveu.
MUDANÇAS
Sacado no segundo tempo, santista Ricardo Oliveira vaiado por palmeirenses (Foto: Marcos Ribolli)
Os técnicos gastaram no segundo tempo as três substituições a que
tinham direito. Marcelo Oliveira sacou o volante Matheus Sales, que tinha cartão amarelo, e aproveitou para apostar na velocidade do atacante Gabriel Jesus. Ainda substituiu Robinho por Régis e Arouca por Thiago Santos. As alterações de Dorival Júnior surtiram mais efeito. Patito Rodríguez jogou melhor do que Serginho, e Joel criou mais do que Ricardo Oliveira (perseguido e vaiado pela torcida palmeirense por conta das polêmicas do ano passado) no ataque. A entrada de Léo Cittadini no lugar de Thiago Maia não comprometeu o sistema defensivo.
PRASS!
Se o goleiro santista não foi muito acionado, o palmeirense se assustou algumas vezes na etapa final. Ficou frente a frente uma vez com Ricardo Oliveira e outras três com Gabriel. Contou com erro dos santistas também, é verdade, mas fez uma grande defesa em chute de Gabriel.
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