Marcelo Oliveira é alvo de muitas críticas da torcida do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)
A derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, no último domingo, terceiro tropeço consecutivo na arena neste ano, tornou o clima pesado no Palmeiras. Apenas três dias após goleada sobre o XV de Piracicaba, fora de casa, resultado que havia encerrado uma série de cinco jogos sem vencer, a equipe de Marcelo Oliveira deixou o gramado sob vaias. O técnico, principal alvo, vive questionamentos em um momento de grande importância para o clube.
Na próxima quinta-feira, o Verdão faz seu segundo jogo na Taça Libertadores da América, o primeiro em casa – contra o Rosario Central, da Argentina. O mau retrospecto de Marcelo, que acumula 22 vitórias, 11 empates e 17 derrotas, preocupa a diretoria. Principalmente pelo fato de a primeira fase da competição continental ser disputada em apenas seis partidas.
O fato de Marcelo Oliveira dividir opiniões no clube, da alta cúpula ao Conselho Deliberativo, não é novidade. O título da Copa do Brasil acalmou os ânimos, mas o mau rendimento neste início de temporada, com a base da equipe mantida, acrescido à chegada de oito reforços, e a Libertadores como principal objetivo do ano, retomam a discussão em relação à continuidade do técnico no comando.
Após a derrota para a Ferroviária, o único dirigente que deixou a arena pela zona mista, onde estavam os jornalistas, mas optou por não falar com a imprensa, foi Alexandre Mattos

Rafael Marques acredita na recuperação
(Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)
A cúpula segue sem comentar publicamente a situação do Palmeiras, que tem três vitórias, cinco empates e duas derrotas em 10 jogos disputados no ano. O próprio Marcelo Oliveira continua sem justificativas para a má fase.
– Novamente eu não tenho resposta. Se tivesse resposta exata, resolveria rapidamente. O que temos é confiança e bom ambiente para que isso possa mudar rapidamente – resumiu o técnico.
O elenco defende o comandante. Os jogadores entendem que o mau rendimento é, em grande parte, de responsabilidade deles, e que a cobrança não deve ser dirigida somente a Marcelo. Após o jogo contra a Ferroviária, nem todos os atletas deixaram a arena pelo caminho habitual. O último a passar, e falar com a imprensa, foi Rafael Marques.
– Tem saída, é o momento. Como todos os outros também já passaram, nós também. E revertemos. Não vai ser diferente. É trabalhar, botar a cabeça no lugar, ter a consciência e a humildade que não está legal – resumiu o atacante.
– É conversar entre nós, sentar e analisar o vídeo (do jogo), que só assim conseguimos cobrar um ao outro. Não tem justificativas. É melhorar dentro de campo. Quando as coisas estão assim, não tem outra resposta senão trabalho.
O Palmeiras volta ao trabalho na tarde desta segunda-feira, na Academia de Futebol. Ainda sem vencer na arena em 2016, a equipe terá mais três confrontos no estádio nas duas próximas semanas: além do Rosário, o Verdão encara o Capivariano, pelo Paulista, e o Nacional, do Uruguai, pela Libertadores.
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