Na berlinda! Duelo contra Rosario vira prova de fogo para técnico do Verdão

Marcelo Oliveira vive situação delicada no Palmeiras, e jogo pela Libertadores deve definir continuidade. Elenco também chama responsabilidade pela instabilidade

Marcelo Oliveira está ameaçado no Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)



O jogo contra o Rosario Central, na próxima quinta-feira, pela Taça Libertadores da América, deve ser decisivo para o destino do técnico Marcelo Oliveira no comando do Palmeiras. Pressionado por conta do mau rendimento do Verdão neste início de temporada, o treinador tem a continuidade no clube questionada em caso de tropeço diante do time argentino.



Com a competição continental como principal objetivo de 2016, a diretoria entende que há necessidade de uma resposta imediata para que o planejamento do clube não seja prejudicado precocemente. Uma eliminação na primeira fase seria desastrosa em todos os âmbitos, passando em grande parte pelo aspecto financeiro.



Internamente, houve quem pedisse a demissão de Marcelo Oliveira após a derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, no último domingo. Há quem ache que a saída é apenas uma questão de tempo. O técnico foi defendido pelo elenco, que chamou também para si a responsabilidade pelos resultados ruins e pela instabilidade no início da temporada, mesmo com a base da equipe mantida e com o elenco reforçado por oito contratações.



– Todos estamos fechados com o Marcelo. Vamos jogar tanto pelo Marcelo quanto pelo Palmeiras, pela nossa família e por nós. Não é só pressão no Marcelo, também estamos pressionados porque estamos no Palmeiras. Precisamos ganhar e mostrar que podemos representar um clube tão grande assim – afirmou Cristaldo.



Os números de Marcelo à frente do Palmeiras viraram argumento para quem defende a troca de comando. Em 50 jogos, o técnico acumula 22 vitórias, 11 empates e 17 derrotas. Um aproveitamento de 51%, abaixo dos 62% do antecessor Oswaldo de Oliveira, demitido em meio ao Campeonato Brasileiro do ano passado.



Uma possível demissão de Marcelo colocaria no cargo, em um primeiro momento, Alberto Valentim. O auxiliar-técnico, que faz parte da comissão fixa do Palmeiras, já assumiu interinamente o clube após as saídas de Gilson Kleina, Ricardo Gareca e Oswaldo de Oliveira.



No Palmeiras, entendia-se que os quatro jogos consecutivos em casa representavam a oportunidade perfeita para Marcelo Oliveira dar uma resposta aos altos e baixos das primeiras partidas do ano. A série começou com derrota para a Ferroviária e vaias da torcida. Agora, o Verdão tem, além do Rosario Central, Capivariano e Nacional do Uruguai pela frente.



Além disso, o departamento de futebol do clube esperava uma situação mais cômoda na primeira fase do Paulistão. No momento, o Palmeiras é o segundo colocado do Grupo 2, com nove pontos. Na metade desta etapa do estadual, o clube é apenas o 11º na classificação geral.

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