Marcelo Oliveira: se perder, tchau!

Paulo Nobre tenta a reeleição no Palmeiras



Marcelo Oliveira tem 90 minutos para afrouxar o nó da corda que aperta o seu pescoço no Palmeiras. Este é o prazo dado ao treinador pelo presidente Paulo Nobre depois da derrota para a Ferroviária, em casa, por 2 a 1, no fim de semana. Vencer o Rosario Central e somar pontos na Libertadores da América é a única condição neste momento para segurar o técnico no cargo. Paulo Nobre foi o primeiro a vir a público a dizer que sustentava o treinador após o tropeço no Allianz. Estipulou o prazo: quinta-feira. Se perder, tchau!



A informação veio de dentro do clube. O Paulistão não tem peso neste momento para o dirigente. Há duas situações na mesa: a primeira delas e a pouca paciência com o rendimento do time. O presidente esperava mais, assim como a torcida. Já era tempo de o time jogar melhor com as peças que tem. A segunda situação é a possibilidade de não ter mais tempo para se recuperar na Libertadores. Uma derrota em casa para o Rosario Central deixaria o Palmeiras em condição complicada na tabela, com apenas um ponto em duas partidas. Por isso Paulo Nobre pensa em agir rapidamente em caso de derrota. A maior aposta do clube no ano é a Libertadores.



Há uma terceira condição que incomoda o presidente, mas esta é mais delicada. Trata-se do baixo rendimento de alguns jogadores. Ocorre que não há como demitir atleta com contrato, mas há como cobrar. É isso o que está acontecendo na Academia. Nobre não admite corpo mole, nem como Marcelo Oliveira nem com qualquer outro treinador. O vestiário vai ferver na quinta. Se ganhar o jogo, Marcelo também ganha sobrevida. Terá mais tempo para fazer o time jogar.

44589 visitas - Fonte: Estadão