Prass vê grupo amadurecendo, mas cobra elenco: 'Estamos jogando abaixo'
A partida contra o argentino Rosario Central, nesta quinta-feira, marca a volta de um jogador usando a camisa 12 do Palmeiras no Palestra Itália. O número, que fica com o atacante Gabriel Jesus apenas durante a Copa Libertadores da América, foi eternizado por Marcos, goleiro campeão do torneio pelo clube em 1999 e que é uma referência para o elenco atual.
Marcos, que só atuou pelo "Verdão" na carreira e anunciou sua aposentadoria em janeiro de 2012, teve a Libertadores de 1999 como o ponto alto da trajetória que o fez virar busto no estádio e um dos maiores ídolos da história do clube. Suas defesas impressionantes foram tão decisivas que o goleiro acabou eleito o melhor jogador da competição.
"O Marcos é um exemplo para todo jogador. A grandeza do clube te proporciona jogar a Libertadores e marcar seu nome na história como ele e outros fizeram. A Libertadores tem um gosto especial no Palmeiras e precisamos tirar o exemplo de coisas bonitas. O Marcos é uma referência para um caminho a ser trilhado", comentou Fernando Prass.
A importância de Marcos é tão grande que o clube abre mão de ter alguém usando a sua camisa 12. A Libertadores, porém, exige que todos os números de 1 a 30 tenham dono. Assim, Gabriel Jesus, impedido de trajar a 33 que segue vestindo no Campeonato Paulista, foi o escolhido para ser o 12 e, já na estreia da Libertadores, balançou as redes e recebeu o troféu de melhor em campo no 2 a 2 no Uruguai, diante do River Plate local.
Nesta quinta-feira, como o técnico Marcelo Oliveira fez mistério, não há garantias de que Gabriel Jesus seguirá como titular, mas é bastante provável que ele, pelo menos, saia do banco em algum momento. Com a camisa 1, Fernando Prass é um ídolo no gol palmeirense, embora ainda sem a dimensão de Marcos.
O goleiro já tinha virado bandeirão da torcida na final da Copa do Brasil, há três meses, e aumentou sua importância naquela partida. Na decisão por pênalti, pegou uma cobrança e converteu a sua, exatamente a que definiu a conquista. Virou um ídolo incontestável do clube.
"Se chegamos ao quinto pênalti, é porque outros fizeram os gols do tempo normal e converteram seus pênaltis. Fiquei mais em evidência porque é assim com goleiros em decisões de pênalti e é atípico o goleiro fechar a série, ainda mais sendo o último pênalti, que determinou o título. Mas é uma missão de trabalho", minimizou Fernando Prass.
"Nunca gostei de individualizar nada. Já cometi erros e também não disse que era culpado pela derrota. Por isso, não me considero herói por qualquer vitória. Mas a torcida cria um carinho especial porque vive de paixão, e é impossível ficar indiferente à coisa mágica que vivemos naquele dia, desde o primeiro minuto em que chegamos ao estádio", recordou.
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